Após polémica, Nuno Rebelo de Sousa deixa liderança da Câmara de Comércio

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Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, abandonou a liderança da Câmara Portuguesa de Comércio de São Paulo, em abril, alegadamente por motivos profissionais, após ter realizado uma reunião com conselheiros do órgão.

A notícia foi avançada esta quinta-feira pela CNN Portugal e corroborada pela própria instituição, que deu conta da tomada de posse da nova presidente, Karene Vilela, através do Linkedin.

“A partir do último mês de abril, Karene Vilela tomou posse como a nova presidente da Câmara Portuguesa, tornando-se assim a primeira mulher presidente da instituição”, lê-se.

Até então, a responsável ocupava o cargo de vice-presidente e de presidente do Comité da Mulher Empreendedora e Cultura, tendo realizado “diversas ações e eventos de sucesso”.

Apesar de Nuno Rebelo de Sousa ainda surgir enquanto presidente no site da entidade, Vilela terá tomado posse a 25 de abril, depois de, a 18 de abril, o agora ex-presidente ter apresentado a sua demissão, alegadamente por motivos profissionais.

Nuno Rebelo de Sousa abandonou o cargo no mesmo mês em que Marcelo Rebelo de Sousa confessou ter cortado relações com o filho, na sequência do caso das gémeas luso-brasileiras com atrofia muscular espinhal que foram tratadas com Zolgensma, um medicamento que custa mais de dois milhões de euros, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

"É imperdoável, porque ele sabe que eu tenho um cargo público e político, e pago por isso. Há coisas piores na vida. Não sei se ele vai ser responsabilizado, não me interessa", terá dito o chefe de Estado em conversa com jornalistas estrangeiros, referindo-se ao alegado envolvimento do filho na trama, segundo o Correio Braziliense.

Recorde-se que o caso das gémeas luso-brasileiras que adquiriram nacionalidade portuguesa e receberam em Portugal, em 2020, o medicamento Zolgensma, custando quatro milhões de euros, foi divulgado pela TVI, no início de novembro de 2023, e está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

As suspeitas de favorecimento partiram de uma mensagem por correio eletrónico enviada por Nuno Rebelo de Sousa ao pai, falando sobre o assunto.

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