Bolsa encerra no ‘vermelho’ com energéticas em perda

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A cotação de mercado dos títulos da EDP caiu quase 2% e deu o mote para um dia de perdas entre as cotadas da energia. Lá fora, França liderou as descidas, depois de conhecidos os resultados da segunda volta das legislativas.

O índice PSI recuou 0,40% na sessão desta segunda-feira, com as energéticas em destaque entre as perdas. As ações do Millenium BCP subiram quase 2%, mas tal não evitou o dia negativo na bolsa de Lisboa.

As descidas mais acentuadas foram protagonizadas pelo grupo EDP, na medida em que a empresa-mãe perdeu 2,26%, até aos 3,545 euros, e a EDP Renováveis tombou 1,53% e ficou-se pelos 13,51 euros. De resto, o dia foi particularmente negativo entre as cotadas da energia, com a REN a derrapar 1,29%, até aos 2,29 euros, e a Galp a desvalorizar 1,04%, para 20,04 euros.

No ‘verde’, a Corticeira Amorim somou 2,15% e alcançou os 9,49 euros por título e o BCP avançou 1,99%, para os 0,3695 euros.  Seguiu-se a NOS, ao ganhar 1,33% nas negociações, até aos 3,42 euros.

Entre os mais importantes índices europeus, França registou as perdas mais acentuadas, na sequência da segunda volta das eleições legislativas ter tido lugar este domingo, que resultaram na vitória da Nova Frente Popular. O índice CAC escorregou 0,63% na sessão.

Seguiram-se perdas de 0,16% no índice agregado Euro Stoxx 50, 0,15% no principal índice do Reino Unido e 0,06% no homónimo de Espanha. Por outro lado, a Alemanha ganhou 0,06%, ao passo que Itália se adiantou 0,13%.

No mercado de futuros, o barril de crude está a cair 0,97%, até aos 82,35 dólares. No mercado cambial, o euro recua 0,03% face ao dólar, pelo que um euro corresponde, por esta altura, a 1,0833 dólares nas negociações.

As bolsas europeias perderam algum fulgor durante a tarde e a generalidade encerrou em queda, no rescaldo das eleições em França e que ditaram uma vitória surpreendente dos partidos de coligação à esquerda, com a extrema-direita a ficar em terceiro lugar”, assinala-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“O sector de Bens de luxo no país esteve particularmente fraco, nomeadamente Kering, LVMH e Hermes. O sector de Bens de Consumo foi afetado pela queda da Delivery Hero em reação à notícia de uma multa imposta pela UE”, escrevem os analistas.

“A nível nacional a valorização de 2% do BCP foi ofuscada pelas quedas mais expressivas do grupo EDP, REN, Jerónimo Martins e Galp”, acrescenta-se ainda.

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