Candidatura de Villas-Boas nega cooptação de José Pereira da Costa na FC Porto SAD

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O FC Porto tinha anunciado que a SAD ia cooptar, na terça-feira, administrador financeiro escolhido pelo recém-eleito presidente do clube, André Villas-Boas, que toma posse nesse dia, “ocupando uma vaga que não estava preenchida no conselho de administração, tendo-lhe até sido já atribuído um gabinete de trabalho com todos os meios no Estádio do Dragão, bem como livre acesso às áreas todas do universo empresarial da SAD”.

Contudo, a candidatura de André Villas-Boas revelou que têm decorrido várias reuniões e que, depois de os atuais administradores da SAD exprimirem a indisponibilidade para renunciar aos cargos que ocupam, foi avaliada a cooptação de José Pereira da Costa, que teria, até à Assembleia Geral da SAD, “poderes reforçados”.

“Ontem [sexta-feira] foi-nos transmitido que a administração da SAD não estaria de acordo em atribuir esses poderes reforçados, o que nos levou a comunicar inequivocamente que, nesses termos, o Dr. Pereira da Costa não aceitaria a cooptação”, refere a lista, em comunicado, garantindo que “é por isso falso que exista um acordo no sentido da cooptação”.

A candidatura de Villas-Boas considera que a “esmagadora votação”, o facto de os mandatos nos órgãos sociais da SAD terem terminado no dia 31 de dezembro de 2023, a preparação da próxima época e atual situação financeira “não são compatíveis com calendários” que estão a ser apresentados, “em que, apenas após a tomada de posse dos órgãos sociais, se poderá convocar uma assembleia geral da SAD para eleição dos novos órgãos sociais”.

“Desconhecemos, por isso, qualquer decisão que possa vir a ser tomada na próxima terça-feira, expressando perante os associados do FC Porto que, por respeito à vontade por si inequivocamente manifestada no sábado [27 de abril], não aceitaremos qualquer solução transitória que não passe pela renúncia faseada dos atuais administradores executivos, [...] ou pela integração do Dr. Pereira da Costa na atual Comissão Executiva com poderes reforçados que lhe permitam exercer algum controlo ou veto sobre as decisões a tomar”, refere a lista.

O primeiro passo da transição entre a atual e a futura administração da FC Porto SAD iria, segundo os ‘dragões’, coincidir com a investidura dos novos órgãos sociais do clube rumo ao quadriénio 2024-2028, numa sessão aprazada para terça-feira, às 12:00, no Estádio do Dragão, no Porto.

André Villas-Boas tornou-se o 34.º presidente da história do FC Porto, ao somar 21.489 votos (80,28%) para se superiorizar há uma semana nas eleições dos órgãos sociais do clube, interrompendo uma sequência de 15 mandatos e 42 anos de Pinto da Costa, que acumulou 5.224 (19,52%), com o empresário e professor Nuno Lobo a somar 53 (0,2%).

O ato eleitoral mais participado de sempre dos ‘dragões’ teve com a afluência de 26.876 associados ao Estádio do Dragão, tendo também havido 73 votos em branco e 37 nulos.

A inédita eleição de André Villas-Boas, de 46 anos, implica o fim do ‘reinado’ presidencial de Pinto da Costa, de 86 anos, que já comandava o FC Porto desde 17 de abril de 1982, tornando-se, desde então, o dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial.

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