CRÓNICA | É uma questão de tempo

1 semana atrás 28

O Sporting ainda não é campeão nacional, mas essa parece ser cada vez mais uma questão de tempo. Com mais uma exibição sóbria e dominante, o atual líder bateu um Portimonense aflito por 3-0 e, assim, deu mais um enorme passo em direção esse tão ambicionado troféu.

Uma boa exibição de Paulinho, que marcou e assistiu, colocou três pontos na conta de Amorim, numa tarde em que Trincão e Gyökeres, os outros homens do ataque, também marcaram. Estaríamos até a falar de uma goleada, se não fosse a inspiração de Nakamura na baliza visitante!

Poderá festejar este fim de semana, no caso de um tropeção alheio, mas tudo aponta para que o título seja consumado numa visita ao Estoril, na próxima jornada. Nas bancadas de Alvalade, não parece haver um único adepto cético em relação a um bom desfecho.

Nakamura impediu sarilhos maiores

A tarde de futebol começou com uma bela homenagem a Manuel Fernandes, ex-leão que de momento está hospitalizado. Foi alguns minutos antes do arranque do jogo que, num primeiro momento, os adeptos levantaram cartolinas alusivas ao «eterno capitão». Com as equipas em campo, Alvalade decorou-se com uma enorme tarja para o antigo avançado, que voltou a ser homenageado quando a bola já corria, ao nono minuto.

Talvez devido a essa palpável presença de um dos maiores goleadores da história do clube, o Sporting entrou em campo com um notável fulgor ofensivo. Foi logo ao quarto minuto que Gyökeres, atual dono da camisola 9, tentou prestar a sua homenagem, mas Nakamura, guarda-redes do Portimonense que aqui chegou aos 50 jogos na Liga, fez a primeira de uma impressionante série de defesas.

O golo não demorou, é certo. Apenas 13 minutos tinham sido jogados quando Paulinho abriu o marcador, assistido por Nuno Santos. O que surpreendeu foi a forma como o relógio foi avançando sem que mais nenhuma bola conseguisse ultrapassar a muralha japonesa que se ergueu na baliza adversária...

Que bem estava o Sporting no jogo, com dinamismo e um entendimento perfeito entre todos os homens da frente a produzir inúmeras oportunidades de golo. Pedro Gonçalves, Gyökeres, Coates, Paulinho... Tantos ameaçaram duplicar a vantagem, acabando sempre travados. Uma vez pelo poste, as outras por Nakamura.

Com uma mão no troféu

A segunda metade do jogo trouxe uma história semelhante. Leão dominante, perante um Portimonense que ia recuando as linhas sem bola e não as conseguia subir quando em posse. Um problema que Paulo Sérgio nunca conseguiu resolver e que explica a completa ausência de lances de perigo por parte da equipa visitante.

Os algarvios precisam de pontos na batalha pela manutenção, mas aceitaram bem cedo que não iriam somar nenhuns nesta tarde de sábado.

Já o Sporting continuou a construir ataques, na procura de um segundo golo que confirmasse três importantes pontos na batalha pelo título. Encontrou-o ao 70º minuto. Marcou Francisco Trincão, que com uma boa finalização atingiu os 10 golos na temporada, mas o mérito é quase todo de Paulinho. O avançado iniciou a jogada, combinou com Nuno Santos, driblou Igor Formiga e ainda encontrou forças para fazer a assistência. Brilhante!

Houve espaço para o 3-0, marcado pelo artilheiro-mor do futebol português nesta temporada, segundos depois da curva sul começar a cantar o seu nome. Falamos de Gyökeres, que só teve de encostar depois de uma jogada bem construída por Gonçalo Inácio e Daniel Bragança. 

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