Deputada do PSD esteve na campanha interna de Pedro Nuno Santos no PS

1 semana atrás 33

"Estive sempre ligada à área da comunicação com clientes diversos. Paralelamente, também tenho atividade política. Sempre separei águas", declarou hoje à agência Lusa Andreia Bernardo, que na página da Juventude Social Democrata (JSD) aparece como presidente da Comissão Política Distrital de Lisboa.

Nas últimas eleições legislativas, Andreia Bernardo, de 32 anos, candidatou-se em 18º lugar na lista da Aliança Democrática (AD) pelo cÍrculo de Lisboa, foi vereadora na Câmara de Sintra e é agora deputada municipal pelo PSD neste concelho.

Andreia Bernardo marcou presença na sede nacional do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, em 13 de novembro passado, quando Pedro Nuno Santos apresentou a sua candidatura a secretário-geral do PS para as eleições diretas de dezembro. Deu o seu contacto pessoal a vários dos jornalistas que cobriram esse evento, colocando-se à disposição para lhes dar mais informações sobre a campanha interna do atual secretário-geral do PS.

"Essa foi a única vez que fui ao Largo do Rato [sede do PS]. Nunca mais lá voltei", garantiu à agência Lusa.

A atual deputada do PSD deu informações à agência Lusa sobre a atividade de campanha interna de Pedro Nuno Santos pelo menos até 18 de novembro de 2023.

Andreia Bernardo afirma que, em novembro do ano passado, estava a desempenhar as funções de diretora de contas na Agência Gomes de Almeida & Associados e, num curto espaço de tempo, prestou "auxílio" à equipa destacada para fazer a assessoria de comunicação a Pedro Nuno Santos.

"Depois, deixámos a assessoria de comunicação. E a agência ficou só com a estratégia, redes sociais e criatividade (design)" da candidatura de Pedro Nuno Santos, completou.

Em relação aos períodos de pré-campanha e campanha eleitoral para as legislativas de 10 de março, altura em que já era formalmente candidata a deputada pela AD no círculo de Lisboa, Andreia Bernardo garante que a sua agência "não teve qualquer envolvimento" com o PS.

"Quem esteve envolvido foi João Gomes de Almeida, mas a título individual. Foi uma consultadoria individual diretamente tratada com Pedro Nuno Santos", acrescentou.

Leia Também: "Se não fosse o CDS, o primeiro-ministro chamar-se-ia Pedro Nuno Santos"

Ler artigo completo