Despesa corrente de Medina está “muito acima do orçamentado”, diz Fórum para a Competitividade

2 semanas atrás 28

O Fórum acrescenta que “o anterior Governo despediu-se com uma sistemática sub-execução do investimento, depois de  ter decorrido 25% do ano, só foram executados 11,6% dos investimentos em geral e apenas 4,0% dos investimentos no SNS (Sistema Nacional de Saúde)”.

O Fórum para a Competitividade revela numa nota de conjuntura de abril, divulgada esta sexta-feira, que parte do défice de 259 milhões de euros, deixado pelo anterior Ministro das Finanças, Fernando Medina, do primeiro trimestre, se deve a “despesa corrente muito acima do orçamentado”.

“Os dados da execução orçamental do primeiro trimestre revelaram um défice de 259 milhões de euros, com a despesa corrente a continuar muito acima do orçamentado e a receita fiscal ainda em queda, mas sob o efeito de distorções temporárias”, revela a nota de conjuntura. O Fórum acrescenta que “o anterior Governo despediu-se com uma sistemática sub-execução do investimento, depois de  ter decorrido 25% do ano, só foram executados 11,6% dos investimentos em geral e apenas 4,0% dos investimentos no SNS (Sistema Nacional de Saúde)”.

O Fórum para a Competitividade revela ainda que “há quatro meses que não há qualquer melhoria dos Marcos e Metas do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), enquanto os pagamentos a Beneficiários Directos e Finais subiram apenas 133 milhões para 4.242 milhões de euros (19% do total), valores excepcionalmente baixos, que poderão ter sido influenciados pela mudança de Governo”.

A nota de conjuntura dá ainda destaque a outros indicadores.

O indicador diário de atividade, calculado pelo Banco de Portugal, abrandou em abril, um movimento também registado pelo clima económico, embora este não tenha arrefecido tanto, ou seja, “parece que o 2º trimestre começa mais fraco do que o primeiro”.

No entanto, considera o Fórum, a descida de taxas de juro pelo BCE permite antecipar um segund semestre mais dinâmico do que o primeiro.

A nota salienta ainda o que disse o Conselho de Finanças Públicas, que antecipou que, com “políticas invariantes”, haveria a manutenção de um ligeiro excedente orçamental e a redução sucessiva da dívida pública, que atingiria os 80% do PIB em 2028. Ainda assim, aponta para riscos de derrapagem de grandes obras públicas; de aumento da despesa com a função pública e pensionistas; e de diminuição de impostos.

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