França devolveu ao Brasil 998 fósseis do período Cretáceo

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O Governo brasileiro expressou, em comunicado, a sua "grande satisfação" pela devolução deste "valioso património paleontológico" da bacia do Araripe, uma zona montanhosa no interior do estado do Ceará, no nordeste do país.

Os fósseis foram encontrados em 2013 durante uma operação policial no porto de Le Havre, no norte da França, e já em 2022 o Governo francês havia-se comprometido a devolvê-los ao Brasil.

O Governo brasileiro agradeceu a "cooperação" das autoridades francesas no processo de repatriação dos fósseis, que são protegidos pela legislação nacional e só podem sair do país com autorização especial.

Os vestígios paleontológicos têm entre 90 e 110 milhões de anos e incluem fósseis de peixes, plantas, insetos e pterossauros, uma espécie de répteis voadores, divulgou na quarta-feira a Secretaria de Ciência e Tecnologia do governo do Ceará.

Além disso, segundo o governo regional, os tecidos de algumas das peças estão em "perfeito estado de conservação".

As peças devolvidas farão parte do acervo permanente do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, localizado num município próximo do local onde os fósseis foram encontrados.

O diretor do museu, Allyson Pinheiro, afirmou que se trata do "maior repatriamento em volume de bens culturais brasileiros da história", segundo o comunicado.

Em junho, as autoridades regionais do Ceará receberam um fóssil de um dinossauro `Ubirajara jubatus` com 110 milhões de anos, que estava exposto num museu na Alemanha há 17 anos, depois de ter sido ilegalmente roubado do Brasil na década de 1990.

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