Galtier sem 'papas na língua'': "Fui vítima de vingança"

2 semanas atrás 41

Christophe Galtier concedeu uma extensa entrevista à edição deste sábado do jornal francês L'Équipe, na qual quebrou o silêncio a propósito das acusações de discriminação e racismo de que foi alvo, aquando da passagem pelo Nice.

O agora treinador do Al-Duhail, do Qatar, acabaria por ser absolvido pela Justiça gaulesa, por falta de provas que apontassem para uma deliberada redução do "número de negros e muçulmanos". Ainda assim, lamenta a forma como a sua imagem saiu 'manchada' deste caso, que se prolongou ao longo de meses.

"Quando leito os factos de que me acusam, felizmente, não sou eu o autor. Não seria capaz. O racismo e a discriminação não fazem parte da minha maneira de ser, já que cresci num ambiente multicultural e evoluiu, ao longo da minha carreia, no mesmo", começou por afirmar.

"Nada disso faz parte de quem sou. Foi um verdadeiro choque ter sido levado ao tribunal criminal por esses motivos. Foi um dos julgamentos da minha vida (...). Foi uma infâmia. Finalmente, fiquei totalmente tranquilo. A justiça concluiu a minha inocência", prosseguiu.

"Agradeço, em particular, a sua alteza, o emir Tamim ben-Hamad al-Thani, ao presidente Nasser Al-Khelaifi e a a Luís Campos, mas também a Jean-Pierre Rivère, sir Jim Ratcliffe e David Brailsford, do Nice. Foram um grande apoio para a minha família, o que lhes deixou claro que eu fui vítima de vingança", completou.

Ler artigo completo