Intel e Qualcomm entre as empresas proibidas de exportar chips para a Huawei

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Esta semana, os Estados Unidos revogaram um conjunto de licenças de exportação de chips para várias empresas chinesas. Como confirmado pelo Departamento do Comércio em declarações à imprensa internacional, a Huawei é uma das empresas visadas, com certas licenças de exportação a serem revogadas. 

O Departamento do Comércio não confirmou quaisquer nomes de empresas norte-americanas que podem ser afetadas pela medida, no entanto, Intel e Qualcomm, que tinham licenças para exportar chips para Huawei, fazem parte desta lista, noticia a Reuters

De acordo com informação avançada pela agência noticiosa, a Intel revelou, através de um documento submetido junto do regulador Securities and Exchange Commission (SEC), que a licença de exportação para um dos seus clientes chineses tinha sido revogada. 

Embora não tenha divulgado o nome do cliente em questão, acredita-se que seja a Huawei. Tendo em conta a revogação, a Intel avança que está à espera de um impacto nas vendas. A Qualcomm também revelou que uma das suas licenças de exportação para a Huawei tinha sido revogada. 

A polémica entre os Estados Unidos e a Huawei reacendeu em abril, com o lançamento do novo portátil MateBook X na China. O portátil, que também foi lançado no mercado internacional mais recentemente, chega com o processador Intel Core Ultra 9, que impulsiona as suas funcionalidades de Inteligência Artificial. 

Nos Estados Unidos, o lançamento levou o partido Republicano a sugerir que o Departamento de Comércio tinha autorizado a Intel a vender chips à Huawei. 

Em declarações à Reuters depois de uma recente audição no Congresso dos Estados Unidos, Gina Raimondo, secretária do Comércio, defendeu que “a Huawei é uma ameaça”, acrescentando que a medida não é uma mudança na política implementada pelo Governo. 

“Talvez tenhamos um maior foco na Inteligência Artificial. Quando soubermos mais sobre as capacidades de IA, teremos de tomar medidas”, afirmou. “Deste modo, se descobrirmos que um chip que autorizamos anteriormente tem agora capacidades de IA iremos revogar a licença”.  

Do lado da China, o Ministro dos Negócios Estrangeiros opôs-se à medida, defendendo que os Estados Unidos estão a “abusar do conceito de segurança nacional e do controlo de exportações para suprimir as empresas chinesas sem qualquer justificação”. 

Desde 2019 que a Huawei tem estado na mira do Governo dos Estados Unidos, com a aplicação de várias sanções ao longo dos últimos anos. As medidas restritivas são justificadas com receios de que a empresa estivesse a usar os seus produtos para espiar os cidadãos dos Estados Unidos e passar informação para o governo chinês.

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