O primeiro-ministro acusa o PS e o Chega de simularem uma oposição para criar um governo alternativo

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Emissão Renascença | Ouvir Online

28 abr, 2024 - 14:51 • Manuela Pires

Luis Montenegro acusou as oposições de estarem a adulterar e a bloquear o governo e desafia o PS e o Chega a oficializarem a coligação.

O primeiro-ministro acusou esta tarde o PS e o Chega de estarem a simular oposição ao governo, quando afinal de contas querem formar no parlamento um governo alternativo.

No encerramento da universidade europeia, Luis Montenegro deu o exemplo do que se passou esta semana no parlamento com a proposta do governo de redução do IRS.

O primeiro-ministro diz que “as oposições têm a responsabilidade de não bloquear nem adulterar o governo”.

“A nossa responsabilidade é governar e a das oposições é apresentar as suas ideias, mas têm a responsabilidade de não bloquear, nem adulterar o governo. Se acontecer aquilo que parece um sinal desta primeira semana no parlamento, a ideia do PS e do Chega que é simularem uma oposição ao governo e fazerem um governo alternativo, têm de assumir isso olhos nos olhos perante os portugueses” disse o primeiro-ministro.

Luis Montenegro considerou que a próxima campanha eleitoral será uma boa oportunidade para que esses dois partidos esclareçam os portugueses.

“Eu fui fustigado na última campanha para dizer qual a política de alianças que tinha para Portugal e cumpri, nunca ouvi os líderes do PS e do Chega dizerem que iam legislar em conjunto na Assembleia da República, aproveitem esta campanha para deixar isso bem claro”, afirmou.

Em causa está a proposta do governo de redução do IRS que foi discutida na assembleia da república e que acabou por descer à comissão sem votação. O primeiro-ministro disse que todos os partidos seguiram o governo e apresentaram propostas no parlamento considerando que alguns partidos usaram como base a proposta do governo para as “aditivar”.

“O PS até dizia que era uma loucura, uma aventura, agora copiou a nossa proposta aditivando-a, o que é muito peculiar” disse o primeiro-ministro.

Luis Montenegro desafia os dois partidos a tornarem oficial esta aliança.

“Mas o que é um sinal é que o PS e o Chega querem aprovar uma descida de IRS no parlamento diferente da do governo. Ora isso é governar e substituir-se ao governo. E se querem governar têm de se juntar a sério” concluiu Luis Montenegro.

O líder do PSD diz que as eleições europeias não são uma desforra das legislativas, mas é uma oportunidade para a AD mostrar que é coerente. Montenegro elogiou o cabeça de lista Sebastião Bugalho e garantiu que o governo vai fazer uma campanha de sensibilização para apelar ao voto “no pior dia que podia ser” por causa dos feriados de junho.

O líder do PSD diz que a AD “não foi buscar um membro do governo que despedimos”.

Nuno Melo, o líder do CDS considerou que Sebastião Bugalho é temido, o que gerou um sorriso a quem estava na sala.

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