Presidente da República quer "acelerar a execução" do PEPAC

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje que é preciso fazer "acelerar a execução" do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) e colocá-lo "ao nível das expetativas criadas" junto dos agricultores.

"O PEPAC tem que acelerar a execução e estar ao nível das expetativas criadas", afirmou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas, enquanto visitava o pavilhão da pecuária na feira Ovibeja.

Acompanhado por Rui Garrido, presidente da ACOS -- Associação de Agricultores do Sul, entidade organizadora do certame, Marcelo Rebelo de Sousa percorreu os vários pavilhões do Parque de Feiras e Exposições Manuel Castro e Brito, onde decorre a Ovibeja.

Quando passava pelo pavilhão da pecuária e enquanto observava os animais em exposição, o Presidente da República notou que "há inovação todos os anos", reconhecendo que a seca, por vezes, atrapalha a vida dos agricultores.

"Duas das grandes preocupações dos agricultores apresentadas ao Governo e que ele já me transmitiu são a PEPAC e, depois, a seca", disse, referindo que é também necessário "prevenir a seca com novas soluções".

A seca, segundo o chefe de Estado, "persegue todos os anos os agricultores", mas também "todos os portugueses, porque é um problema global".

"E depois há sempre o debate daquela quota-parte da água que é para agricultura ou não é. A agricultura queixa-se sempre que devia ser um bocadinho mais do que é, em termos do sistema de Alqueva", continuou.

Enaltecendo "a força da Ovibeja e das associações de agricultores", Marcelo Rebelo de Sousa notou que "há gente nova a fazer agricultura e pecuária".

"Isso é bom, é sinal de futuro e quer dizer que está para continuar", acrescentou.

Questionado pelos jornalistas, o Presidente da República escusou-se a comentar iniciativas dos partidos políticos e do Governo, limitando-se a indicar que está "atento" e a acompanhar o que se passa.

"Este não é o momento do Presidente, está a ver. O Presidente teve um momento num determinado instante, depois do voto dos portugueses, agora é o momento das forças políticas, é o momento daqueles que atuam no parlamento ou fora do parlamento, é o momento eleitoral para as eleições do Parlamento Europeu", respondeu aos jornalistas.

Sobre se o Governo tem estabilidade para exercer as suas funções disse que "o que se pode esperar é que haja um esforço para tentar garantir a estabilidade".

"O Presidente, neste momento, o que tem é de acompanhar o que se passa lá fora e cá dentro e desejar que lá fora corra melhor do que tem corrido e que cá dentro se vá trabalhando, na medida do possível, para haver estabilidade e previsibilidade", vincou.

E previsibilidade é o que as pessoas "querem muito", para saberem "como é que vai ser isto daqui a dois meses e a quatro meses e a seis meses e oito meses e a um ano. Isso constrói-se", afiançou.

Quanto aos ataques racistas contra imigrantes ocorridos no Porto, o chefe de Estado disse que a sua opinião "está na nota" já divulgada pela Presidência da República e limitou-se a referir que devem evitar-se "ataques que possam ser interpretados de uma determinada maneira".

Na nota, o Presidente da República condenou os "ataques racistas" e salientou que a violência racial e a xenofobia não têm lugar na sociedade portuguesa.

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