PSD acusa PS de presentear portugueses com "governos ruinosos"

5 meses atrás 73

Esta troca de argumentos surgiu no debate pedido pelo PSD sobre a situação dos serviços públicos, com o vice-presidente da bancada Jorge Paulo Oliveira a dirigir-se ao líder parlamentar do PS.

"Os portugueses não vivem no país do PS, como afirmou o seu líder parlamentar no último debate do estado da nação. O senhor deputado Eurico Brilhante Dias vive no país fantasioso do PS. Os portugueses vivem num país desgovernado pelo PS, que é uma coisa bem diferente, e que nos presenteou um país empobrecido, descrente nas instituições, com impostos máximos e serviços públicos mínimos", acusou o deputado social-democrata.

Jorge Paulo Oliveira considerou ser necessário "fazer um novo contrato social com os portugueses", antecipando que no dia 10 de março, data das eleições legislativas, o PSD vai "mesmo unir e sobretudo concretizar Portugal".

Numa intervenção bastante crítica da governação socialista, que foi longamente aplaudida pela bancada social-democrata, o deputado acusou o PS de negar "a situação de rutura que se vive nos serviços públicos" e rejeitar qualquer responsabilidade.

"Num governo onde impera a impunidade política já sabíamos que a culpa nunca é do Governo. A culpa é do anterior governo PSD/CDS, da direita, da 'troika', da intransigência dos médicos e dos professores, da ganância dos privados, das farmácias, da pandemia, da guerra, da inflação, é da dissolução da Assembleia da República, é dos doentes a quem o primeiro-ministro acusa de má utilização dos recursos do Serviço Nacional de Saúde, é dos portugueses", elencou.

Antes, o social-democrata Miguel Santos, também vice-presidente da bancada 'laranja', criticou o estado atual do acesso à saúde.

"Governaram 22 anos dos últimos 28, governaram consecutivamente os últimos oito anos e tudo o que sabem dizer é a mesma conversa inútil alimentada por clichês, frases feitas e acusações aos governos de salvação nacional liderados pelo PSD, em contraponto com os governos pantanosos, ruinosos e judicialmente questionados com que o PS tem presenteado o país", criticou.

O deputado acusou o PS de conviver "com a falta de transparência, com a informalidade, a confusão entre setores" e a "falta de acesso das pessoas a médicos de família, a urgências, cirurgias ou tratamentos".

"Mesmo no fim de reinado, a preocupação maior que revelam é de, contornando o calendário eleitoral e a consequente nomeação precária de gestores públicos, inserirem uma norma avulsa no orçamento para garantir que conseguem nomear antes das eleições para as unidades de saúde os apaniguados políticos. É o Partido Socialista a ser socialista", acusou.

Na reta final da discussão, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, considerou que no debate "ficou claro qual a força política que fez e quer continuar a fazer e aquela que durante oito anos não foi capaz de constituir nenhuma alternativa".

A socialista Fátima Fonseca afirmou que o partido não nega que existem problemas nos serviços públicos e não "enterra a cabeça na areia" mas também "não cede à teoria do caos".

Joana Mortágua, do BE, defendeu que "à direita não há historial, há cadastro de cortes nos direitos dos funcionários públicos e é por isso que os funcionários públicos não acreditam nas promessas da direita".

A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, criticou PSD mas também PS, defendendo que algumas das medidas enaltecidas pelos socialistas são do período da 'geringonça' e que sem a influência dos comunistas não teriam avançado.

Rui Tavares, deputado único do Livre, considerou que "quem quer defender o serviço público não pode defendê-lo como ele está" e alertou que no próximo dia 10 de março o país "não se pode dar ao luxo de rescindir o contrato social".

Leia Também: PSD e PS trocam acusações mútuas de degradação dos serviços públicos

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