PSI fechou Abril com crescimento mensal de 5,3%. Galp liderou

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A Maxyield fez o balanço do comportamento do índice lisboeta e constata que “o comportamento mensal do PSI, foi fortemente influenciado pela evolução das cotações da Galp, do BCP e da Jerónimo Martins, que no seu conjunto representam 40% do índice.

O PSI terminou o mês de Abril  de 2024 com o valor de 6.615,6 pontos, que significa um crescimento mensal de 5,3%, num contexto de quebra generalizada dos mercados europeu e norte americano.

Segundo a Maxyield, a banda de variação mensal do PSI oscila entre a subida 31,9% da Galp e a queda de 15,4% da Mota-Engil.

A associação de pequenos acionistas fez o balanço do comportamento do índice lisboeta e constata que “o comportamento mensal do PSI, foi fortemente influenciado pela evolução das cotações da Galp, do BCP e da Jerónimo Martins, que no seu conjunto representam 40% do índice de referência da bolsa portuguesa”.

“O PSI apresenta uma forte estabilidade na 1ª quinzena do mês, seguindo-se uma trajetória de crescimento”, diz a Maxyield.

O PSI iniciou o mês de Abril “na faixa de variação [5.750 pontos – 6.300 pontos], que constituiu o posicionamento dominante em 2022 e 2023, tendo entrado de forma significativa na faixa [6.300 pontos – 7.750 pontos], que nos reporta para máximos ocorridos em 2014 e níveis atingidos há 10 anos.

No mês de Abril, 11 (onze) sociedades cotadas do PSI tiveram crescimento mensal das suas cotações e apenas 5 (cinco) sofreram redução de valor.

O ranking mensal das sociedades com subida de cotação no mês de Março inclui  a Galp (31,9%), os CTT (6,8%), a Sonae SGPS (6,8%), a Semapa (6,7%), a Jerónimo Martins (5,3%), o BCP (5,1%), a Ibersol (3,8%), a REN (3%), a EDP Renováveis (2,6%), a Navigator (2,5%) e a Greenvolt (1,7%).

Pelo contrário, a lista de sociedades com queda de cotação no mês de Abril inclui a Mota-Engil (-15,4%), a NOS (-10,6%), a Corticeira Amorim (-2,5%), a EDP (-2,3%) e a Altri (-1,1%).

A queda da NOS, está associada à correção pelo pagamento do dividendo anual, que teve lugar no mês de abril, sendo que a remuneração acionista das restantes sociedades ocorre nos meses de maio e junho, ressalva a Maxyield.

Já quando se olha para a evolução anual do PS, que é aferida mediante comparação do índice e cotações observadas no final da sessão do último dia útil de abril deste ano, com os valores verificados em 31 de dezembro de 2023, verifica-se que o PSI, apresenta um aumento de 3,4% desde o início do ano.

O comportamento do PSI fica marcado por forte volatilidade no mês de Janeiro, que se reduziu significativamente em Fevereiro e Março, tendo voltado a aumentar em Abril, revela a associação.

A banda de variação anual é bastante ampla e oscila entre a subida da 51,4% da Galp e a queda 30,5% da EDP Renováveis, sendo que 12 títulos apresentam uma variação anual positiva e quatro cotadas sofreram quebras na sua cotação.

Para além da subida da Galp (51,4%), tiveram uma variação anual positiva as ações dos CTT (26,4%), do BCP (19,8%), da Semapa (18,7%), da Navigator (17%), da Altri (12,5%), da Ibersol (5,1%), da Corticeira Amorim (4,8%), da Sonae SGPS (3,9%), da Mota-Engil (2,8%), da Greenvolt (1,5%) e da NOS (1,3%).

Os títulos com quebra anual da cotação foram a EDP Renováveis (-30,5%), a EDP (-22,6%), a J. Martins (-16%) e a REN (-2,6%).

“Verifica-se que 6 sociedades em 2024 entraram na situação de bear market, com quebras superiores a 20% relativamente ao último máximo” diz a Maxyield que aponta a EDP Renováveis, a EDP, a REN a NOS, a Jerónimo Martins e a Sonae SGPS, que no seu conjunto representam 48% do PSI”.

“É por esta razão que a evolução positiva anual é lenta e o crescimento homólogo bastante tímido (6,5%) quando comparado com a forte variação dos mercados internacionais”, revela a associação que lembra que esta situação já havia ocorrido em 2023 relativamente à EDP e EDP Renováveis e Jerónimo Martins, voltando-se a repetir no início de 2024, tendo o último máximo ocorrido em Dezembro.

A REN atingiu o último máximo em abril de 2023, em torno de 2,75 euros, sofrendo a partir daí uma redução progressiva até 20% no final de Fevereiro deste ano.

Já a NOS entrou tecnicamente no nível de bear market em 2023, sendo que ainda não saiu desta situação.

Por sua vez a Sonae SGPS atingiu o último máximo em 10 de Março de 2023 e em 5 de Março de 2024 registou uma quebra de 20%, iniciando-se a partir daí uma ligeira recuperação.

Globalmente, o PSI mantém o seu bull market, mas perde em toda a linha no confronto anual com os mercados internacionais.

Quando se compara o mês de abril deste ano com o do ano passado, verifica-se que a variação homóloga do PSI foi de 6,5%, e por isso não suporta o confronto com o benchmark europeu, nem com os índices norte-americanos.

A evolução homóloga do PSI compara o índice e cotações observadas no final da sessão do último dia útil de Abril de 2024, com os valores finais de idêntico mês do ano anterior.

O top five de maior crescimento homólogo é composto pela Mota-Engil (105,4%), Galp (83,8%), BCP (41%), Greenvolt (34,6%) e a Navigator (24,7%).

O ranking das cinco sociedades com maior diminuição homóloga de valor é composto pela EDP Renováveis (-36,2%), a EDP (-29,5%), a NOS (-18,8%), a Jerónimo Martins (-15,5%) e a REN (-14%).

A Maxyield refere ainda que, devido à evolução verificada em 2023, a Mota-Engil ocupa de forma destacada a liderança do crescimento homólogo das cotações do universo empresarial PSI.

Já a Galp beneficia do nível de preço do crude e das condições de exploração na Namíbia, passando a representar 15,3% do PSI, liderando o índice a nível de capitalização bolsista e importância relativa.

“O sector energético constituído pela EDP, EDP Renováveis, REN e Greenvolt que no seu conjunto baixaram o seu peso no PSI para 31%, está a perder importância na capitalização bolsista e evidencia dificuldades resultantes da diminuição de preços à escala internacional, manutenção das elevadas taxas de juro, graus de endividamento elevado e altos níveis de investimento”, defende a Maxyield.

Por sua vez, as papeleiras inverteram o comportamento depressivo de 2023, influenciado por melhores condições de contexto empresarial.

Sobre as empresas retalhistas Jerónimo Martins e a Sonae SGPS, que no seu conjunto têm um peso de 16,6% no PSI, apresentam um comportamento depressivo, refere a associação.

Por fim a variação homóloga confirma o bom comportamento do BCP, que representa 13% do PSI.

Sobre os mercados internacionais, a Maxyield escreve que as bolsas dos Estados Unidos e Europa “interromperam ciclo de forte crescimento e apresentam uma quebra mensal em Abril”.

Os índices norte-americanos e europeus mantêm um crescimento anual e uma evolução homóloga superior ao PSI.

Já os índices chineses apresentam forte crescimento em Abril e os restantes mercados asiáticos revelaram fraco gás.

Por fim o mercado espanhol revelou uma quebra mensal, mas mantém um elevado crescimento anual e uma robusta evolução homóloga.

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