"Processo absurdo". Kremlin rejeita negociações de paz com a Ucrânia

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O Kremlin afirmou esta quarta-feira que não existe atualmente qualquer base para negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, considerando que o plano de paz proposto por Kyiv é "absurdo", reporta a agência Reuters.

"Consideramos que o tema das negociações não é relevante neste momento", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em declarações aos jornalistas.

Peskov afirmou que o Reino Unido arruinou as hipóteses de um acordo de paz no ano passado, ao pressionar Kyiv a recusar um acordo de paz, pouco depois de a Rússia ter enviado as suas tropas para a Ucrânia.

"Depois disso, não havia pré-requisitos para as negociações - e havia ainda menos pré-requisitos depois da Ucrânia ter efetivamente proibido legalmente quaisquer negociações com o lado russo", declarou ainda Peskov.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou um decreto em outubro de 2022 declarando formalmente "impossível" a perspetiva de quaisquer conversações entre os dois países, depois da Rússia ter anexado quatro regiões do sul e do leste da Ucrânia.

O documento, com 10 pontos, prevê a retirada das tropas russas, a cessação de hostilidades e o restabelecimento das fronteiras estatais da Ucrânia com a Rússia.

A "fórmula de paz" de Zelensky é imperfeita, salienta Peskov, porque quer encontrar a paz sem que a participação da Rússia.

"No mínimo, este é um processo absurdo", acusou o porta-voz da presidência russa.

De recordar que a ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

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