Analistas esperam crescimento do investimento no imobiliário comercial, sobretudo escritórios e hospitality. Mas a expectativa de redução do IVA na habitação – criada em campanha eleitoral, mas ainda não aprovada – está a travar projetos e, até, o ressurgimento do sector da construção como motor da economia nacional.
É uma das principais tendências do sector imobiliário para o final deste ano e início do próximo. Os analistas especializados no mercado esperam que o investimento no imobiliário comercial recupere ao longo do segundo semestre de 2024, com a perspetiva de conclusão até 2025 de cerca de 1,8 mil milhões de euros em negócios (em várias fases de negociação). A este valor, indica uma análise da Cushman & Wakefield (C&W), juntam-se outros 1,1 mil milhões de euros em negócios atualmente pendentes (mas que também podem chegar a bom porto até ao final do ano).
A verificarem-se estas perspectivas, isso significa que o mercado do imobiliário comercial vai recuperar face à queda de 2023. No ano passado, a atividade total neste segmento ascendeu a 1,7 mil milhões de euros, um claro decréscimo de 44% face ao ano anterior. Isso não quer dizer que o número de negócios tenha caído na mesma proporção. Pelo contrário. Ao longo do ano passado registaram-se 95 transação, ligeiramente abaixo (mas bastante abaixo em valor global) face a 2022, que tinha sido o ano recorde na última década. Ou seja, como explica a C&W, “o ano ficou marcado pela prevalência de negócios mais pequenos, com um valor médio de 18 milhões de euros” cada.
Na distribuição por segmentos, espera-se até ao final do ano uma recuperação significativa no sector dos escritórios, abarcando 47% do volume total, seguido da hospitality (hotéis, alojamento, restaurantes, etc).
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
category-label- 
