Tens de conhecer este chip que faz do telemóvel uma câmara profissional

2 semanas atrás 31

Gostavas de poder tirar fotografias de máxima qualidade com o teu telemóvel? Ao que tudo indica, este sonho pode não estar tão longe quanto imaginamos. Isto porque os cientistas conceberam um filtro inteligente que pode mudar o jogo por completo.

De acordo com a Live Science, é possível que um smartphone barato com uma câmara razoável consiga obter imagens altamente especializadas e com elevada nitidez.

O chip apresenta altos padrões de qualidade por causa de um semicondutor bidimensional

Chip Luz Imagem Imagem do Chip (Créditos: Dehui Zhang)

Posto isto, impera uma questão: como é que tal proeza seria conseguida? Os cientistas pretendem alcançar tais níveis de qualidade através de um semicondutor bidimensional.

Este teria a capacidade de rentabilizar a luz ambiente enquanto filtro. Isso traduzir-se-ia em fotografias com uma qualidade bastante superior.

Entrando em detalhes mais técnicos, este mecanismo mede 0,4 por 0,4 polegadas e trata-se de um chip transparente. Como é referido num artigo da Nature Communications, este teria 100 por 100 pixels.

Cada um desses pixels seria composto por uma espécie de “neurónio optoeletrónico”. Pelo menos, é esse o nome que os cientistas lhe atribuem. Todos eles seriam compostos por dois elementos: um fototransistor transparente (que converte luz em eletrões) e um modulador de cristal líquido.

Este chip consegue reduzir o brilho excessivo

No fundo, este modulador teria a capacidade de criar uma camada, que se iria associar a um conjunto de eletrodos. Dessa forma, dar-se-ia resposta à luz natural e os pixels tornavam-se transparentes. Isso permitiria reduzir o brilho em excesso.

O mais curioso acerca deste estudo é que as suas potencialidades vão para além da fotografia. Como referem os cientistas, o recurso poderia ajudar a encontrar defeitos em linhas de robots, por exemplo.

No entender de Aydogan Ozcan, autor do estudo e professor em UCLA, esta descoberta "democratizaria o acesso a imagens e sensores de alta resolução" (via Live Science).

Quanto a este tipo de inovação, costuma existir um problema. A computação baseada em luz requer lasers infravermelhos de alta potência. Na prática, isso poderia traduzir-se num elevado tempo de processamento.

É precisamente por isso que este estudo é diferente de tudo o que já foi feito antes. Assim é porque, neste caso, conseguem-se ótimos resultados com luz de baixa potência. Isso faz com que seja muito mais fácil pôr a tecnologia em prática.

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