"Problemas como os salários baixos e a perda do poder de compra, a precariedade do trabalho, os longos e desregulados horários de trabalho, os acidentes de trabalho, as más condições de trabalho" são algumas das realidades negativas com que se confrontam os mais desfavorecidos, segundo a Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC).
O movimento lamenta ainda o "cada vez mais difícil o acesso à habitação, as convulsões na saúde, a carestia de vida, um rasto enorme de migrações forçadas por razões financeiras e devido a catástrofes climáticas".
Na sua mensagem de Natal, a que a agência Lusa teve hoje acesso, o órgão liderado por Américo Monteiro sublinha que todos estes fatores se registam "após uma pandemia seguida de guerras e as suas nefastas consequências em perda de vidas e de bens essenciais para as suas vítimas, com todas as suas consequências a espalhar-se pelo mundo".
"É onde o sofrimento é palpável que o Natal está mais presente. Há tristezas tão profundas, silêncios que clamam justiça, que tocam os corações", acrescenta o Movimento de Trabalhadores Cristãos.
Na sua mensagem, é denunciado que em algumas regiões do globo se assistiu a uma regressão nas condições de vida, "para situações de extrema pobreza e escassez de bens essenciais para a sobrevivência das populações".
"Tudo isto se torna ainda mais grave, estando-se perante uma crise climática, neste mundo que nos alberga, a nossa casa comum", sublinha a LOC/MTC, assegurando que os que propagam os valores cristãos "não se conformam (...), renovando a maneira de agir, atuar no meio, ser cidadãos ativos e intervenientes pela transformação das injustiças deste mundo".
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