2024: o que vem depois do ChatGPT?

8 meses atrás 72

Ao realizar uma retrospetiva do paradigma tecnológico em 2023, enfrentamos uma repetição infinita das palavras “ChatGPT”, “inteligência artificial generativa” e “machine learning”. É inevitável que um ano depois do lançamento da ferramenta da OpenAI, ainda estamos a debater as suas implicações no futuro da sociedade. Sem acesso a uma bola de cristal, poucos saberão o impacto que o “boom” desta tecnologia terá no mercado de trabalho ou até na educação.

Contudo, um ano depois, podemos afirmar que ninguém ficou indiferente à introdução do ChatGPT num mundo onde a inteligência artificial era, para alguns, apenas um conceito saído da ficção científica. Como tal, proponho um olhar sobre a era após o ChatGPT e o que esta pode representar para o paradigma tecnológico em 2024.

Assim, no tema da inteligência artificial, a eficiência associada à tecnologia veio para ficar, com algoritmos cada vez mais sofisticados e, dentro do possível, mais humanos. Para o ano, podemos esperar uma integração mais profunda desta tecnologia em diversos setores, como a saúde, a banca, a indústria e os serviços públicos. A expectativa é que a automação impulsionada por IA será o “novo” normal, constituindo uma prioridade estratégica ao melhorar processos, aumentar a produtividade e reduzir custos.

Aliado ao crescimento da inteligência artificial, deve crescer proporcionalmente a preocupação com a cibersegurança. À medida que a IA se torna indispensável na vida quotidiana, devemos investir na segurança dos algoritmos e bases de dados que permitem o seu funcionamento. É crucial mitigar riscos associados à manipulação inadequada ou ao acesso não autorizado a dados, garantindo a integridade, confidencialidade e disponibilidade das informações utilizadas pelos sistemas de IA. Na realidade, acredito que esta preocupação é válida para qualquer integração de tecnologia avançada.

Por outro lado, um tema que será inevitável em 2024 é o da sustentabilidade. Cabe às grandes consultoras de TI e às tecnológicas lutar pelo desenvolvimento de soluções digitais responsáveis e com um impacto positivo na redução das emissões de carbono. Acrescento ainda que a adoção de iniciativas internas e uma maior aposta na transparência sobre a responsabilidade ambiental, trará um desenvolvimento positivo para o setor e o planeta. Por exemplo, ao adotar matérias-primas sustentáveis, ao promover a reciclagem eletrónica, ao desenvolver soluções de energia renovável e ao idealizar inovações que valorizem o impacto da tecnologia nas mudanças climáticas. Em 2024, a sustentabilidade na tecnologia não será uma escolha, mas sim uma necessidade estratégica para construir um mundo cada vez mais sustentável.

Nesta altura do ano, em que traçamos planos estratégicos e “ligamos a bola de cristal” enquanto nos dirigimos para 2024, o paradigma tecnológico encontra-se repleto de oportunidades e desafios. Cabe às organizações apostarem em soluções responsáveis que contabilizem o impacto de inovações, como a inteligência artificial generativa, no meio ambiente e em setores como o mercado de trabalho.

Acredito que as tendências mencionadas não apenas definirão o futuro da tecnologia, mas também moldarão a forma como vivemos, trabalhamos e interagimos. Além disto, a integração responsável de tecnologia exigirá uma abordagem colaborativa entre setores e entidades governamentais, de modo a garantir que as inovações tecnológicas se traduzam em benefícios tangíveis para todos. Abordo estes desafios com um sorriso na cara, uma vez que acredito que conseguimos alavancar o melhor da tecnologia para criarmos, em conjunto, um mundo melhor.

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