A Samy Alliance apresentou o estudo “Millennials & Gen Z: The future of banking and finance”. Do relatório conclui-se que os Millennials e a Geração Z enfrentam desafios económicos significativos. Questões como o declínio progressivo do poder de compra e o aumento do custo de vida afectam directamente a sua relação com o dinheiro.
Na Europa, os jovens ganham 20% mais do que os seus pais ganhavam há 10 anos, mas o crescimento do seu rendimento é mais lento do que no passado.
E a compra da primeira casa é um desafio ainda maior para esta geração: globalmente, os millennials pagam 39% mais do que os baby boomers pagavam na década de 1980, e aqueles que conseguem comprar uma casa acabam por gastar até 60% do seu rendimento mensal em hipotecas.
Estas circunstâncias estão a remodelar o sector financeiro entre as gerações mais jovens, tal como demonstrado no relatório “Millennials & Gen Z: The Future of Banking and Finance” da Samy Alliance. O estudo destaca as principais áreas que as marcas do sector bancário têm de considerar para se ligarem eficazmente a este público.
A primeira conclusão é que as finanças pessoais são uma fonte de ansiedade, insegurança e incerteza. 86% dos jovens com problemas de saúde mental afirmam que a sua situação financeira piora o seu estado emocional, o que sublinha a necessidade de os bancos adoptarem uma abordagem mais empática para construir relações de longo prazo com esta geração.
Que desafios enfrentam os bancos no envolvimento das gerações mais jovens?
Os níveis de satisfação no sector bancário são historicamente baixos a nível mundial. De acordo com o estudo, algumas das variáveis que estão na origem deste sentimento são a falta de experiências personalizadas, a complexidade inerente aos produtos financeiros e a fraca qualidade do serviço ao cliente.
A usabilidade é outro aspecto fundamental na escolha de uma instituição financeira. Menos de metade da Geração Z e dos millennials utilizam a mesma instituição que os seus pais, e mais de 40% dão prioridade à conveniência e rapidez na escolha dos serviços bancários.
Do mesmo modo, 9 em cada 10 jovens preferem processos de empréstimo totalmente digitais e 73% afirmam que a experiência do cliente desempenha um papel significativo na definição da sua marca preferida.
Perante este cenário de insatisfação, as instituições financeiras têm uma oportunidade clara de melhorar a sua relação com as gerações mais jovens:
Os jovens precisam de dinâmicas que se adaptem ao seu estilo de vida em movimento. Dão prioridade ao acesso digital, ao apoio móvel directo e aos assistentes virtuais.
Os jovens precisam de mais e melhores ferramentas para se sentirem confiantes quando tomam decisões financeiras, especialmente em relação ao crédito e aos investimentos.
Muitos recorrem à Internet para obter mais informações: 23% dos jovens investidores seguem influenciadores financeiros e, no TikTok, a secção “Como investir” tem mais de 41,2 milhões de vídeos.
As instituições têm a oportunidade de se desenvolverem neste espaço e de se tornarem não só pontos de referência, mas também parceiros empáticos que acompanham os jovens no seu bem-estar financeiro.
A Geração Z tem 45% mais probabilidades de começar a investir aos 21 anos do que os millennials e duas a quatro vezes mais probabilidades do que a Geração X e os baby boomers.
No entanto, apenas 11% têm poupanças suficientes para cobrir os seus custos de vida durante mais de um ano sem rendimentos regulares e 48% não conseguem cobrir as despesas durante mais de dois meses.
Esta realidade confronta-os com a necessidade de construir uma vida financeira saudável a longo prazo, incluindo temas como a poupança, os investimentos e até o planeamento da reforma.
Desde ensinar-lhes o poder dos juros compostos e a importância da diversificação de riscos até oferecer produtos que façam o seu dinheiro render mais, as instituições que se posicionarem como aliadas na concretização dos seus objectivos ganharão a fidelidade dos clientes.
Compreender e antecipar as suas necessidades é crucial para estabelecer relações duradouras e criar confiança.
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