5 competências que os videojogos ajudam a desenvolver para o mundo real

1 hora atrás 32

Os videojogos de raciocínio obrigam o nosso cérebro a encontrar soluções e a resolver problemas, enquanto os de ação rápida ajudam a melhorar os nossos tempos de reação. Mas o seu impacto  não acaba por aqui. Deixo 5 skills que adquiri inconscientemente através dos videojogos.

1. Completar videojogos é mais fácil quando não se está sozinho

Nos jogos multijogador, os outros players prestam frequentemente assistência sem esperar nada em troca. Isto fez-me perceber que ultrapassar desafios é muito mais fácil com uma pequena ajuda.

Nenhum jogo personifica melhor este esforço de colaboração do que o League of Legends. Colegas meus, mais avançados, ajudavam-me a melhorar no jogo e a ganhar mais partidas. Este tipo de colaboração fez-me perceber que para alcançar certos objetivos, não custa nada pedir uma ajudinha.

2. Aceitar o fracasso, e continuar a lutar

Os videojogos acrescentam muitas vezes uma camada de desafio sob a forma de um castigo, como perder ou morrer. Alguns são notoriamente punitivos, como Rocket League, onde é comum sofrer golos. No início, sofria bastantes, por isso habituei-me a perder. Só conseguia progredir quando ficava algum tempo a treinar, o que exigia paciência, resiliência e perseverança.

Da mesma forma, não se pode ganhar sempre na vida. Alguns projetos vão falhar, por mais tente, e não há problema. O importante é aprender com os erros e nunca deixar de tentar.

3. Navegar em novos sítios com e sem um mapa

A maioria dos videojogos dá aos jogadores um mapa (e um minimapa ou uma bússola) para os ajudar a navegar no mundo do jogo. Da mesma forma, podemos utilizar o Google Maps no mundo real, que é surpreendentemente semelhante aos mapas dos jogos.

Nos jogos, o mapa pode revelar pontos de interesse próximos. Da mesma forma, é possível encontrar e ir a restaurantes, cafés e marcos históricos próximos com o Google Maps.

No entanto, a localização pode ser um desafio, mesmo com um mapa. Os mapas nem sempre têm em conta as novas estradas, os trabalhos nas estradas ou mesmo as ruas de sentido único. Um mapa é muitas vezes menos útil a pé em zonas pedonais, pelo que tem de usar as suas capacidades de orientação.

Alguns videojogos não fornecem mapas locais com cidades, por exemplo, como o Minecraft. Em vez disso, tem de se lembrar onde viu aquele rio, memorizando caminhos e prestando atenção ao ambiente que o rodeia.

4. Videojogos obrigam a trabalhar para obter recompensas

Há 10 anos, quando comecei a jogar Cafeland, um videojogo para gerir um café (no Facebook, na altura), apercebi-me logo que o jogo tinha bastante em comum com um emprego. Era preciso trabalhar bastante para obter recompensas.

Para obter melhores mesas e cadeiras, assim como aumentar o café, tinha de jogar diariamente para fazer missões e obter recompensas. No entanto, quanto mais jogava e quanto mais me esforçava, mais recompensas recebia.

Esta experiência traduziu-se no mundo dos adultos. Se queremos ganhar dinheiro, temos de trabalhar e, se queremos um emprego melhor para ganhar ainda mais dinheiro, temos de melhorar as nossas competências para aprender a fazer trabalhos mais complicados.

5. Pensar fora da caixa

Muitos jogos de raciocínio, como xadrez online, exigem que se pense fora da caixa, mas dentro das limitações do jogo - não se pode andar com um bispo vertical ou horizontalmente, nem com um cavalo sem ser em forma de L.

Em vez disso, tem de explorar o ambiente e pensar em como pode utilizar as peças que tem para progredir. É igualmente útil olhar para as coisas de uma perspetiva diferente no mundo real. Pode resolver problemas e conflitos muito mais facilmente quando considera abordagens alternativas que funcionam com as ferramentas que já tem à sua disposição.

Acredito verdadeiramente no poder da aprendizagem através dos videojogos, especialmente numa idade jovem. No entanto, os jogos podem tornar-se um vício, pelo que é importante que os pais controlem o tempo de jogo.

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