A cimeira de Zelensky

3 meses atrás 44

A Cimeira da Paz na Ucrânia tem tudo para redundar num fracasso, apesar do número elevado de países que garantiram a presença na Suíça, para manifestar o seu apoio e solidariedade ao povo ucraniano. Mas não passará disso, de uma manifestação de vontades e garantias. Falta a peça central do puzzle, sem a qual as armas não se calarão: a Rússia e os seus aliados mais poderosos. Só haverá paz se Kiev e Moscovo se entenderem. Se Zelensky insistir na retirada total das tropas russas e se Putin disser ‘não’, vamos ter guerra por muitos mais anos.Olhando o mapa do conflito, percebe-se que a situação não é muito diferente da que se vivia a 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia deu início à invasão. Mais quilómetro, menos quilómetro, as zonas ocupadas pelo Exército de Moscovo correspondem àquelas onde de travavam intensos combates entre os separatistas russos e o Exército ucraniano. A diferença é que há hoje muitos mais mortos e destruição. Insistir na guerra só vai agravar a tragédia. Têm de ser os aliados de ambos os lados a dar o passo em frente e promover o diálogo entre as partes, deixando claro que só haverá paz com cedências. Mas o que estamos a assistir é o contrário. A Ucrânia a receber cada vez mais armas, a Rússia a tentar adquiri-las, enquanto acena com o seu poderio nuclear. Neste contexto, que sentido faz falar de paz? Nenhum.

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