A coroa volta a ser roja!

2 meses atrás 55

Está terminado mais um inesquecível mês de futebol e quem sai sorridente é a Espanha, que celebra a conquista do Campeonato da Europa pela quarta vez na sua história, isolando-se no trono como a seleção mais vencedora nesta competição.

Não foi graças ao fator casa de 1964, nem ao brilhante tiki-taka de 2008 e 2012, mas o mérito é o mesmo. A roja não chegou a solo alemão com o estatuto de favorita, mas ganhou-o ao longo das últimas semanas com futebol tão apreciável quanto competitivo. Inesquecível campanha dos espanhóis, que singraram no Olímpico de Berlim graças aos golos de dois bascos: Nico Williams e Mikel Oyarzabal.

Nico e Lamine, uma dupla memorável

«As finais não se jogam, ganham-se». Se a frase já é um lugar-comum em Portugal, ainda mais o é no país vizinho, de onde origina. Até o próprio Luis De La Fuente, selecionador espanhol, a referiu na conferência de imprensa de antevisão! É esse o ponto de partida para um jogo que, por ser tão importante, trouxe uma roja bem mais cautelosa.

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Tal como já se esperava, houve mais bola do lado espanhol e maior solidez e estrutura do lado inglês. Ainda assim, o receio de encaixar um golo levou a que ambas as equipas arriscassem pouco. Houve remates e houve alguma ação em torno de ambas as balizas, mas tanto Simón como Pickford tiveram pouco trabalho no arranque desta inédita final.

O primeiro grande abalo na história do jogo (e por consequência da competição) veio no arranque da segunda parte, quando os dois ases da equipa espanhola combinaram para chegar ao 1-0. Nico Williams, que na sexta-feira celebrou 22 anos, finalizou de primeira após uma boa jogada de Yamal, que festejou os 17 este sábado. Haja juventude!

Foi mais um momento histórico patrocinado por Lamine Yamal, que ao participar neste jogo bateu a histórica marca de Pelé: o mais jovem de sempre numa final de uma prova de seleções. Fê-lo com impacto, já que se isolou como o jogador com mais assistências neste Euro (quatro) e ainda ameaçou o seu golo num par de ocasiões...

Inglaterra gelou Berlim, mas a noite era roja

O medo de voltar a cair na grande final começava a assombrar a mente dos ingleses, que não celebravam um título internacional desde o distante ano de 1966. Gareth Southgate era um deles, mas, ao contrário dos que assistiam desde as bancadas ou televisões, tinha algum controlo sobre o destino da noite. Foi nesse espírito que tirou Kane e Mainoo para apostar nos dois jogadores que decidiram a meia-final ao cair do pano: Watkins e Palmer.

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Ora, se o impacto do avançado do Aston Villa não foi igual ao do último jogo, o mesmo não se pode dizer do que o craque do Chelsea fez. Apenas três minutos depois de entrar em campo, Cole Palmer aproveitou a ausência de Rodri (saiu lesionado) e respondeu ao passe de Jude Bellingham com um golaço de primeira. Belíssimo pontapé a igualar o marcador em Berlim!

Mas por mais que o golo inglês tenha tornado o jogo mais colorido e entusiasmante, a noite era dos espanhóis. A vitória foi assinada por Mikel Oyarzabal, que desviou para o 2-1 após assistência de Marc Cucurella. Esse momento, em conjunto com o corte de Dani Olmo em cima da linha de golo aos 90+1, ficará para sempre entranhado na mente dos adeptos espanhóis.

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