“A Galp precisa de empresa que faça a operação”

2 semanas atrás 34

Tem uma experiência de décadas a atuar no sector petrolífero em África e avisa que ainda há um longo caminho a percorrer até ao arranque da exploração comercial das jazidas de hidrocarbonetos descobertas na Namíbia.

Com uma experiência de mais de três décadas no sector petrolífero em África, o advogado Rui Amendoeira analisa as descobertas de petróleo na Namíbia e o seu potencial.

Como é que olha para estas descobertas na Namíbia?
Esta mudança tem a ver, essencialmente, com a tecnologia. Estes campos estão em águas muito profundas. Para ter ideia, chegam a furar a mais de cinco quilómetros de profundidade a partir da linha de água. São águas profundíssimas, das mais profundas do mundo. Há uns anos não havia tecnologia suficiente para este tipo de exploração e agora há. O petróleo sempre lá esteve, a tecnologia é que não estava.

Têm sido anunciadas as descobertas de reservas relevantes…
Há um grande entusiasmo com estas descobertas, mas atenção que isto ainda vai dar muitas voltas. Porque é preciso saber a dimensão dos reservatórios, é preciso saber exatamente qual é a qualidade do petróleo, embora aparentemente, como aliás é normal ali naquela zona, é um petróleo relativamente leve, é um petróleo bom. É preciso saber qual a porosidade e a pressão do reservatório. Já para não falar de todo o custo de exploração, que vai ser elevadíssimo. Aliás, se o preço do petróleo não estivesse no ponto em que está, neste momento, estas não seriam, provavelmente, descobertas comerciais.

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