A garra da gastronomia ribatejana ‘by’ Rodrigo Castelo

1 mes atrás 61

Perdoem o anglicismo (‘by’), mas esta garra tem mesmo assinatura e é esse detalhe que importa. Rodrigo Castelo sonhou e o Ó Balcão aconteceu. Com sangue, suor e lágrimas? Não, mas com muito trabalho, pesquisa, determinação, empenho e, sim, criatividade. Não é fácil transformar peixe de rio na estrela de um menu. Há que descobrir formas e fórmulas para curá-lo e torná-lo apetecível.

E, diga-se em abono da verdade, é uma surpresa ex-tra-or-di-ná-ria! Com hífen entre as sílabas, porque saborear é verbo rei nesta casa. Assim sendo, vamos a isso. À descoberta de sabores – do rio, da terra, dos pastos. Ou não fosse Santarém, terra natal de Rodrigo Castelo, terra do toiro bravo, que também figura no menu e que boa figura faz!

Como atesta a constelação Michelin, aqui, a cozinha é um assunto muito sério. À primeira estrela, o chef somou uma estrela Verde, que premeia a sustentabilidade – pelo que se faz no palco e nos bastidores de uma cozinha. O prémio, refere o chef Rodrigo Castelo, “é uma conquista não só para mim e para a minha equipa, mas para toda a região, para os produtores e toda a rede de fornecedores com quem, em conjunto, temos trabalhado para valorizar o produto e a gastronomia local, e colocar a região na rota gastronómica internacional”.

É, também, o reconhecimento da descentralização de grandes projetos gastronómicos. E se a chancela Michelin sobe a fasquia da responsabilidade e qualidade, recomendamos que venha com tempo e vontade de desbravar o bravo trabalho que por aqui se faz. “Bravo” porque exigente, mas não poderia ser de outra forma.

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