A lógica ocidental do tempo irreversível aqui não entra

2 horas atrás 23

Museu : Em Salvador da Bahia, a ‘capital afro’ das Américas, celebra-se a ancestralidade africana do Brasil.

A exposição “Raízes, Começo, Meio e Começo”, que pode ser vista no MUNCAB – Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira até março de 2025, remete para algumas cosmogonias africanas, onde o fim não existe, mas sim um novo começo. Com mais de 200 obras de 86 artistas, a exposição está organizada em cinco eixos temáticos: “Origens”, “Sagrado”, “Ruas”, “Afrofuturismo” e “Bembé do Mercado”. Nela se transcende a lógica ocidental do tempo irreversível com início, meio e fim, e a cronologia progressiva do ano, mês e dia. O que se pretende aqui é reconhecer a ancestralidade como ferramenta essencial para a compreensão e construção do presente e do futuro.

Palavra a Jilme Coelho, diretora do MUNCAB. “«Raízes»” fala da contribuição dos povos africanos que foram trazidos para cá na construção da identidade do país. Falamos em múltiplas etnias e no fato de Salvador se ter consolidado como a ‘capital afro’ das Américas, como o grande útero onde a raça negra se desenvolveu. O povo baiano é reflexo disso.

É como se um baobá fosse plantado em África e essa raiz viesse por baixo do oceano para as Américas. É fundamental perceber que, apesar de todas as mazelas e tentativas de apagamento, existimos e somos a identidade desse país”.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Ler artigo completo