Que grande jogo se assistiu a Matosinhos. O Paços de Ferreira entrou bem e, em 14 minutos, chegou ao 0-2, mas o Leixões não baixou os braços, mostrou alma e conseguiu a reviravolta. Contudo, perto do fim, os castores voltaram a mostrar-se e fizeram o 3-3 final, num jogo de loucos, onde o empate foi o mais justo.
Com a clara ambição de subirem, Leixões e Paços de Ferreira encontravam-se em Matosinhos para o campeonato. A 1ª parte foi frenética e os castores tiraram claros dividendos da sua pressão alta muito bem conseguida no arranque de jogo, acabando por chegar ao golo inaugural logo aos 11', por Rui Fonte, na sequência de um canto. Contudo, não se ficaram por aqui e apenas quatro minutos depois ampliaram, num remate fora da área de Gonçalo Nogueira.
Podia esperar-se que os da casa baixassem os braços, mas tal não aconteceu e o ritmo continuou frenético. O Paços não conseguiu aguentar a pressão tão alta, até pelo resultado conseguido tão cedo, baixou um pouco as linhas e isso permitiu ao Leixões ter cada vez mais bola. Os comandados de Fangueiro foram conseguindo potenciar as suas alas, com André André como motor no miolo, e, aos 26', beneficiaram de uma grande penalidade, convertida com sucesso pelo experiente médio português.
Paços não baixou os braços @Rogério Ferreira / Kapta+
Contudo, o Leixões não se ficou por aqui, continuou a crescer e, antes do intervalo, aos 39', chegou mesmo ao justo empate: Simãozinho cruzou na esquerda, a defesa afastou para a entrada da área e André André, em esforço, rematou para o 2-2. O VAR ainda analisou o lance por um possível fora de jogo tático, mas acabou por confirmar a festa da casa. A 1ª parte tinha sido eletrizante.
Perante isto, a expectativa para a 2ª parte era elevada. O Paços voltou a entrar mandão, tomando conta da posse de bola e aproveitando um Leixões menos atrevido, mas ia faltando a mesma intensidade dos primeiros 45 minutos e a posse dos castores era algo previsível. De forma algo inesperada, aos 65', o VAR viu uma mão na bola de Ícaro e o Leixões, até então inofensivo na 2ª parte, aproveitou para completar a reviravolta, desta feita por Mozino.
Mais uma vez, o Paços foi obrigado a correr atrás do prejuízo e começou a crescer pela ala direita, com Anilson, mas foi de forma caricata que chegou ao empate, aos 74': Antunes bateu o canto tenso na direita, Jean Felipe desviou de cabeça ao primeiro poste e enganou o seu guardião, Stefanovic, fazendo o 3-3. Até final, começou a faltar pernas e cabeça, depois de um grande jogo, e a divisão de pontos foi o mais justo para ambas as equipas.
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