Abel e a carreira no estrangeiro: «Nunca pensei no quanto a minha mulher e as minhas filhas iam sofrer»

4 meses atrás 89

Figura amada pelos adeptos do Palmeiras, Abel Ferreira é um dos treinadores portugueses que mais cartas tem dado no estrangeiro. Ainda assim, nem tudo tem sido um mar de rosas no trajeto do técnico fora de portas, tal como o próprio explicou no Fórum Internacional da Quarentena da Bola, evento do qual o zerozero é media partner.

«Eu meti na cabeça que iria ser a pessoa mais feliz do mundo se ganhasse um título. Enquanto jogador só venci a Taça, portanto achava que ia ser o gajo mais feliz do mundo se vencesse um grande título como treinador. No entanto, fui egoísta. Nunca pensei no quanto a minha mulher e as minhas filhas iam sofrer. Fui para o PAOK e foi quase, contra o Pedro Martins foi impossível. Quando surgiu o Palmeiras- e em Portugal surgiu a possibilidade de ir para um grande e o presidente do SC Braga não me deixou sair- decidimos aceitar. Quando venci a primeira Libertadores disse que era melhor treinador, mas pior pai e marido. Quando renovei, há dois anos, disse à direção que precisava da minha família cá. Fazia toda a gente feliz, mas eu andava triste. Agora digo-lhes que vou voltar para Portugal e elas não querem [risos]. A minha maior virada foi recuperar a minha família», sublinhou.

Mesmo tendo percebido que só os títulos não chegavam para ser feliz, Abel não escondeu o orgulho por tudo o que já conquistou: «Quando era miúdo jogava num terreno perto de casa, com as pedras a fazer de baliza. Uma equipa era o Brasil e outra a Argentina; Pelé contra Maradona. Quando venci a Libertadores no Maracanã não quis acreditar.»

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