Abel Ferreira: «O Palhinha aprendeu a correr pouco sem bola para se tornar o leão que é sem ela»

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Estabelecido no Palmeiras há já vários anos, Abel Ferreira conta ainda com passagens por PAOK, SC Braga (equipa principal e equipa B) e Sporting (equipa B e juniores). Tanto no Minho como em Alvalade, o técnico teve oportunidade de trabalhar com João Palhinha, médio a quem, na antecâmara do Campeonato da Europa, deixou muitos elogios- isto numa sessão do Fórum Internacional da Quarentena da Bola.  

Abel Ferreira
11 títulos oficiais

 «O Palhinha é um menino de ouro, de uma família extraordinária. É o talento do trabalho. Fomos buscá-lo ao Sacavenense e depois levámo-lo para a equipa B, é um poço de força que depois se foi aprimorando. Foi aprendendo a correr pouco com bola para ser o leão que é sem bola, começou a movimentar-se de forma correta porque no início estava sempre a correr. No SC Braga queria melhorar o passe longo e, nesse sentido, ficava sempre com o Castanheira [adjunto de Abel] no fim dos treinos a trabalhar nisso. Nos primeiros tempos a bola ia sempre para fora, mas foi melhorando. O resto é mérito dele», recordou, acrescentando ainda que tem grandes expectativas em relação ao que Portugal pode fazer no Euro.

«Acho que a seleção está mais preparada do que nunca para ganhar algo que até já ganhou. Temos jogadores nos melhores clubes do mundo e com a maturidade em ponto de rebuçado. Parece haver muito compromisso e ambição, penso que os ingredientes estão todos lá para se fazer uma boa sardinhada

Agora no Brasil, Abel tem tido também a oportunidade de desenvolver alguns jovens. A Endrick, que já foi vendido ao Real Madrid, juntam-se nomes como Estêvão e Luís Guilherme, num cenário que o treinador vê como natural.

«Nunca houve uma aposta tão grande na formação do clube. Primeiro por necessidade, agora por qualidade de treino. 90 por cento vem do futsal, daí os miúdos serem tão bons de ginga. No Palmeiras acontece um pouco o que acontecia na altura em que eu jogava no Sporting e em que apareceram miúdos como o Moutinho, o Miguel Veloso, o Yannick Djaló e Rui Patrício: toda a gente vinha trazer jogadores ao Sporting. Agora aqui acontece o mesmo, sendo que há uma grande organização. Por exemplo, decidiram criar um campo de terra batida para a formação de forma a que os jovens não percam o espírito do futebol de rua», sublinhou.

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