Abel Ferreira rende-se a gesto de adeptos do Palmeiras: "Nunca sonhei..."

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Abel Ferreira concedeu uma entrevista ao Canal 11, esta quarta-feira, a propósito da estreia do Brasileirão, já este fim de semana, apenas três dias depois de ter conquistado mais um Paulistão ao serviço do Palmeiras, tendo enaltecido a homenagem feita pelos adeptos ainda antes da partida diante do Santos (2-0, agregado de 2-1).

"Não há muito tempo para comemorar ou chorar com as derrotas. Já faz parte do passado. Tive de 'refocar' os atletas. Há já um jogo importante para a Libertadores aí à porta. Aqui não se para. Só nos aguentamos aqui porque ganhamos, não é por ser bonito ou por estar vestido de verde. Passa por ganhar. Se estiver longe da minha família e amigos e não for para ganhar, não estou aqui a fazer nada e volto para Portugal", começou por dizer.

"Os meus jogadores entendem esta mentalidade. São grandes homens. O nosso alimento é treinar para chegar ao final e termos as sensações de ganhar. O que eles querem sentir? Ganhar ou perder? Eles é que escolhem. Tem tudo a ver com a competência dos jogadores e staff técnico. Há pessoas que confundem confiança com arrogância", acrescentou de seguida.

"Falar de Brasil e Portugal, como o Valdo conhece muito bem os dois países, apesar de serem países-irmãos. Está relacionado com arestas que têm de ser limadas. Em Portugal somos 10 ou 11 milhões. No Brasil já são uns 200 milhões. Só para haver uma dimensão da coisa. Para mim, de forma particular, o maior título que eu ganhei no Brasil foi o reconhecimento por parte dos adeptos do Palmeiras. Ter a bandeira de Portugal no estádio, usar uma caravela para simular a época dos Descobrimentos, como homenagem à equipa técnica do Palmeiras, foi o meu maior título dos dez que ganhámos no Brasil. Nunca sonhei estar num estádio brasileiro a assistir ao que eu assisti", completou.

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