Abertis vai apresentar proposta de compra da Douro Litoral

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A concessionária espanhola Abertis vai apresentar uma proposta de compra da Autoestradas do Douro Litoral (AEDL), colocada à venda este ano pelos fundos liderados pelo Strategic Value Partners (SVP), avança esta terça-feira o El Economista.

A publicação, que salienta que este é um dos poucos processos de venda de autoestradas atualmente em curso na Europa, diz ainda que a Globavia – que em 2021, no primeiro processo de venda que acabou por ser suspenso, chegou à fase final - também está a considerar a possibilidade de apresentar propostas agora.

As propostas à compra da AEDL são esperadas para esta sexta-feira, tendo a transação um valor de mercado superior a 300 milhões de euros.

De acordo com o El Economista, a Abertis procura com esta operação regressar a Portugal, onde esteve presente até 2012 através de uma participação minoritária na Brisa. Em 2020, esteva interessada no processo de aquisição de 80% da concessionária liderada por António Pires de Lima, mas a venda foi concretizada ao consórcio da APG, Swiss Life e NPS.

"Com a AELD, a Abertis avançaria na sua estratégia de expansão e renovação da sua carteira de concessões, dado que nos próximos anos enfrenta a maturidade de importantes ativos em mercados historicamente chave como Espanha e França", refere a publicação espanhola.

A Globalvia, por seu lado, já está presente em Portugal com a Transmontana (A4) e a concessão Beira Interior (A23).

Este processo de venda da AELD atraiu outras empresas, incluindo o fundo de investimento australiano Igneo, segundo a publicação Inframation, citada pelo El Economista, que acrescenta que entre os nomes que exploraram o ativo estão a concessionária portuguesa Ascendi, o fundo holandês DIF e a francesa Vauban.

Em fevereiro, o Negócios noticiou que os fundos que detêm a AEDL contrataram a Goldman Sachs e a Natixis para avançarem com a venda da concessionária que gere as autoestradas A43, A41 e A32, que servem a Área Metropolitana do Porto, com mais de 73 quilómetros de extensão, com a intenção de concluir a transação durante o verão.

As expectativas para a venda, segundo apurou o Negócios, eram de que pudesse ultrapassar os 400 milhões de euros, tendo em consideração as transações mais recentes na Europa no setor das autoestradas com portagens, feitas por 12 a 15 vezes o EBITDA. Como o EBITDA esperado para a AEDL em 2024 ultrapassa os 35 milhões de euros, isso implicaria uma avaliação da concessionária em pelo menos 420 milhões.

O contrato de concessão da AEDL foi assinado em 2007 por 27 anos, ou seja, até em 2034. Desde 2011, quando iniciou a operação, tem registado aumentos médios anuais no tráfego de 12%. 

A concessão – que em 2022 gerou receitas de portagens de mais de 27 milhões de euros – também beneficia de um total de 290 milhões de euros de pagamentos de arbitragem que são feitos duas vezes por ano.

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