Academia motiva recado de Villas-Boas a Pinto da Costa: «Vive obcecado em deixar essa última obra...»

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André Villas-Boas falou à comunicação social após o fecho da ação de campanha em Arouca, onde esteve numa sessão de esclarecimento com sócios portistas. Um dos temas abordados foi o projeto para as instalações do FC Porto, sendo que Pinto da Costa defende uma academia na Maia e Villas-Boas um centro de alto rendimento em Vila Nova de Gaia.

Dossiê Academia na Maia e potenciais custos para o FC Porto:

"Nós vamos acompanhando os imbróglios do dossiê da mesma forma que vocês vão acompanhando, portanto também não quero estar aqui a alongar e a repetir. O Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa disse que iria apresentar em breve a maquete e todos os custos relacionados com a mesma.

Eu neste caso agora prefiro deixar acontecer, ver a situação com que poderemos ser confrontados na altura da tomada de posse, continuar a seguir o nosso caminho, portanto o que temos estipulado é apresentar-vos o conceito com as imagens e a leitura que temos do PDM, juntamente com uma estimativa de custos no dia 2 de abril, portanto essa é a nossa intenção.

Eu acho que vamos antes resumir desta forma, que o FC Porto até 27 de abril tenha duas opções e que na tomada de posse dos novos órgãos sociais, tanto a minha estará disponível para os outros se a ganharem, e se necessitarem da mesma, como nós chegando lá olharemos para os dois dossiês e tomaremos uma decisão.

Portanto, neste momento avança a passos rápidos, da nossa parte da candidatura tínhamos feito os apelos suficientes para colocarem as coisas em pausa, penso que com o caso da hasta pública, infelizmente isso já não vai acontecer. A escolha está tomada por parte da outra candidatura, que vive obcecada em deixar essa última obra que já devia ter deixado há muito tempo, é revelador também dos anos de atraso do FC Porto relativamente ao futuro, nós quando chegar 27 de abril, ou quando chegar a nossa tomada de posse, olhamos para os dois dossiês e veremos o que é que é o melhor para o futuro do FC Porto, sendo que poderemos estar aqui perante algum dispêndio, que já estará seguramente do lado de lá em arquitetos, em estudos, em projeções, em maquetes, as coisas não são baratas, evidentemente, mais compras de terreno, que nos entristecem de certa forma a aceleração de todos esses processos a tão poucos meses do ato eleitoral.

Este meu aviso não é de agora, vem desde que apresentei esta candidatura e não tem efeito nenhum na parte da direção do FC Porto. Se assim entende que esse é o caminho a seguir, esta direção se tomar posse irá olhar para os dois dossiês e tomar uma decisão futura tão estruturante, lança-la a debate com os sócios e avaliar todos os custos, benefícios de uma coisa e da outra."

Se equaciona a hipótese de concretização dos dois projetos, o da Maia defendido por Pinto da Costa, e o de Gaia defendido pelo próprio Villas-Boas: 

"Os dois, as duas opções? Não, em primeiro lugar porque a situação financeira do clube não o permite, depois porque nós também estruturamos esta dimensão mais pequena, no caso desta opção em Gaia, precisamente para ter um controle mais rigoroso de custos, ou seja, todas as infraestruturas construídas numa altura atual, onde o custo de construção é absurdo também, juntamente a 10 campos, parecem altamente... caras, do ponto de vista de opção.

Portanto, nós optamos por movimentar ou moveríamos a formação do FC Porto para o Centro de Transformação Desportiva do Olival, porque ainda restam muitos anos desse aluguer. Melhoraríamos também as condições para as adaptarmos melhor à formação, evidentemente, estaria num plano de prioridade nossa.

Daríamos início à construção deste centro de alto rendimento, porque a equipa principal do FC Porto também necessita de uma melhoria das suas infraestruturas, relativamente ao que se passa no futebol moderno atualmente. Portanto, em termos de custos, operação, logística, unidade, para nós é a opção que faz sentido, tendo em conta também a falta de recursos financeiros do FC Porto.

As duas parece-me totalmente impossível. Na minha lógica e entendimento, acho que o FC Porto, daqui a 30 anos se poderá lançar, ou esperemos que menos, na construção de uma cidade desportiva completa, onde albergasse a formação e a equipa profissional. Portanto, são duas visões totalmente distintas. Está nas mãos da direção, naturalmente, tomará as decisões em consciência. Nós olharemos para os contratos quando lá chegarmos. Pode ser que os mesmos prevejam também que, tomando posse, uma nova direção, que os contratos se possam desvincular.

Dificilmente será o caso se o FC Porto for o comprador em hasta pública, porque automaticamente não os reverterá para a Câmara Municipal da Maia. Portanto, iremos estudar todo esse dossiê quando os tivermos na mão e tomarmos a melhor decisão para o futuro."

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