Acordo com PS? Deve ser discutido e "escrito" antes das eleições

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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, disse, esta quinta-feira, que o partido se mostrou disponível "para negociar um acordo" com o Partido Socialista (PS), mas que o mesmo deve ser discutido e "escrito" antes das eleições de 10 de março.

Em entrevista à CNN, Mariana Mortágua referiu que "os eleitores têm direito a saber, quando vão votar, o que podem esperar dos vários partidos, quais as suas disponibilidades para entendimentos, quais as principais prioridades, quais as principais propostas e quais as medidas sobre as quais pode haver entendimento". 

Sobre o estado da saúde, a  coordenadora do BE lembrou que “em 2021, o Bloco de Esquerda bateu-se por um programa para fixar profissionais no SNS". Para Mariana Mortágua, se o programa de exclusividade proposto pelo BE tivesse sido aprovado, o "SNS não estava no caos que está hoje”. Mortágua garantiu que o objetivo do BE  é “impedir” que os médicos e enfermeiros saiam do país e que o caminho passa pela “melhoria de carreiras” e negou qualquer "preconceito" com o privado. “Onde e quando o serviço público [de saúde] não chega, é óbvio que é preciso contratualizar com os privados, o essencial é que as pessoas tenham acesso à saúde", referiu.

Questionada sobre por vezes criticar o PS e, noutros momentos, querer um entendimento com os socialistas, Mariana Mortágua garantiu que não "há teatro". "O Bloco quer entendimentos para resolver os problemas do SNS, queria em 2021, quer agora em 2024. O que eu acho é que, em 2024, depois de uma maioria absoluta do PS, as pessoas compreendem as razões do Bloco de Esquerda ao longo deste tempo todo e porque defendemos o SNS com tanta força”, referiu. 

Houve ainda espaço para críticas à maioria absoluta de António Costa. Mariana Mortágua disse que “não há quem não saiba do desastre da maioria absoluta, mesmo dentro do Partido Socialista não há quem não reconheça o desastre da maioria absoluta”. A coordenadora do BE considerou ainda que "todos os ministros foram corresponsáveis" pelo estado a que o país chegou. 

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