Açores. IL enaltece mudança na atribuição de apoios para energias limpas

3 meses atrás 53

Ao segundo dia de campanha oficial para as legislativas regionais de 04 de fevereiro, Nuno Barata, cabeça de lista pelos círculos de São Miguel e de compensação, visitou em Rabo de Peixe, no concelho da Ribeira Grande, a empresa FIT, que, entre outras, produz soluções ao nível das energias renováveis, como painéis fotovoltaicos.

"A minha visita veio tocar um ponto em que a IL foi fundamental e fez a diferença na vida dos açorianos, alterando uma legislação que o Governo dos Açores tinha apresentado na Assembleia Legislativa Regional [...], que tem a ver com a aplicação dos fundos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] para as energias limpas e renováveis", referiu aos jornalistas, referindo-se ao programa Solenerge.

Em causa, recordou, esteve a criação de uma norma para permitir que os pagamentos fossem feitos diretamente ao prestador de serviços, permitindo que famílias e empresas beneficiárias do apoio não tenham de adiantar o investimento para receberem mais tarde o dinheiro.

"Na altura, o Governo Regional disse que não era possível e que a comissão de acompanhamento a nível nacional não aceitaria. Nós insistimos, teimámos, essa alteração foi apresentada à comissão de acompanhamento, que não só aprovou como achou graça e repetiu para a República", acrescentou.

Questionado sobre o registo de atrasos no processo de atribuição dos apoios, Nuno Barata admitiu que "essa é a grande crítica que se pode fazer".

As maiores demoras estão a ocorrer ao nível das aprovações -- "chegaram a ser de meses, agora estão a demorar um ano" -, mas, no seu entender, poderiam ser usados mecanismos como a inteligência artificial para agilizar os procedimentos e facilitar a aprovação de candidaturas que cumpre os requisitos.

"Um ano para aprovar um projeto numa área dessas é um ano perdido de fundos comunitários, é um ano de energia a pagar a mais, é um ano a mais de consumo de energia térmica produzida através de hidrocarbonetos", lamentou.

Sublinhando o respeito dos liberais pela propriedade privada, o deputado regional criticou, por outro lado, que haja "regras a mais" e "um enredo de legislação e burocracia" a funcionar como entrave ao crescimento da indústria, da habitação e das empresas

"A primeira promessa que faço aos açorianos não é a legislação que vou criar, é a que vou revogar", afirmou, referindo que espera fazê-lo na companhia de pelo menos mais um deputado ou dois, já que nesta legislatura ocupou o único assento da IL no arquipélago.

O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas para 04 de fevereiro após o chumbo do Orçamento para este ano. Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.

Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.

Leia Também: Açores. Chuva e vento deixam em alerta Flores e Corvo (até 3.ª-feira)

Todas as Notícias. Ao Minuto.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online.
Descarregue a nossa App gratuita.

Apple Store Download Google Play Download

Ler artigo completo