«Acredito que os treinadores devem passar pelo futebol de formação»

4 meses atrás 91

A sexta edição do Fórum Internacional da Quarentena da Bola, evento que teve o zerozero como media partner, terminou com uma sessão na qual estiveram presentes Rui Ferreira, treinador do Académico de Viseu, Mário Silva, ex-treinador de clubes como Rio Ave e Santa Clara, e Paulo Sousa, adjunto de José Mota no Farense.

O trio foi jogador profissional de futebol antes de abraçar a carreira de treinador, pelo que a transição de uma carreira para a outra foi tema de conversa na sessão que decorreu na Câmara Municipal de Matosinhos.

Rui Ferreira, que esteve vários anos como coordenador da Academia Marfoot, defendeu que este trabalho com os escalões é bastante benéfico para quem quer seguir a área do treino. «Acredito que os treinadores devem passar pelo futebol de formação. Quando estava a trabalhar na minha escola, recebia pessoas que nunca tinham trabalhado no mundo do futebol e que queriam logo ir para o futebol 11. Na minha opinião, este não é o caminho. É importante sabermos como pensam os miúdos desde baixo», vincou. 

Por seu lado, Mário Silva, responsável pela conquista da Youth League por parte do FC Porto, deu ênfase à importância do trabalho nos dragões para o resto da sua carreira: «Enquanto ex-jogadores temos muito conhecimento, mas temos de crescer bastante quando fazemos a transição para treinador. A minha passagem pela formação do FC Porto foi fundamental para me preparar para desafios ainda mais sérios. A exigência lá era enorme, mas depois senti a necessidade de dar um novo passo.»

Por fim, Paulo Sousa deixou muitos elogios a José Mota, com quem tem vindo a trabalhar em Faro. «O mister José Mota é muito fiel ao 4-3-3, mas vai sempre à procura de algo novo no seu plantel. Entrámos no Farense numa altura difícil, mas o mister José Mota tem uma forte liderança. No ano em que subimos os resultados no início não foram positivos, mas ele percebeu que tinha de mudar algumas coisas. Depois entra a comunicação dele com o plantel, o exercício de convencer os jogadores. Esta época, que terminou bem, foi difícil. O que ele se propôs acabou por acontecer. A parte das relações é muito importante para o treinador José Mota, gosta de conviver até com o roupeiro», partilhou.

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