Adecco Recruitment lança guia salarial para o setor financeiro e banca para 2024

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Diretor Financeiro, Responsável de Controlling, Corporate Finance e Private Banking são as funções com salários mais altos em Portugal , segundo o estudo.

A Adecco, líder global em soluções de Recursos Humanos, divulgou esta quinta-feira o seu Guia Salarial da área de recrutamento especializado, para o setor financeiro e da banca, para o ano de 2024, no qual apresenta uma análise detalhada das tendências salariais, em Lisboa e no Porto, para as várias funções dentro destes setores.

É também referido quais as competências e benefícios mais valorizados, bem como as perspetivas do mercado de trabalho.

Diretor Financeiro, Responsável de Controlling, Corporate Finance e Private Banking são as funções com salários mais altos em Portugal , segundo o estudo.

Este estudo “foi desenvolvido em resposta aos desafios persistentes enfrentados desde 2023, incluindo a inflação elevada, a crise energética mundial e as políticas restritivas dos bancos centrais, fatores esses que têm contribuído para uma desaceleração do crescimento económico global, prevendo-se uma redução de 3,5% em 2022 para 3% em 2023 e 2024. Neste contexto, as empresas enfrentam dificuldades significativas na atração e fidelização de talentos, exigindo estratégias robustas para superar esses obstáculos”, lê-se no comunicado da Adecco.

Bernardo Samuel, Adecco Recruitment Director, destaca que “neste período de transformação acelerada, é essencial que as empresas adotem estratégias inovadoras de empregabilidade”.

“Este Guia não só destaca as tendências salariais, mas também fornece uma orientação clara sobre como as organizações podem atrair e fidelizar talentos qualificados, uma vez que a nossa análise revela a importância de competências digitais e comportamentais, comunicação aberta, trabalho flexível e inclusão de colaboradores mais seniores, como pilares para um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo”, refere Bernardo Samuel.

Perspetivas do mercado de trabalho e Estratégias para promover a empregabilidade

Este guia identifica cinco tendências fundamentais às quais os líderes devem estar atentos. Em primeiro lugar, há um défice de competências persistente, com 38,5% dos candidatos a acreditarem que os empregadores têm requisitos irrealistas, enquanto seis em cada 10 trabalhadores precisarão de uma atualização de competências até 2027.

“A dimensão da Great Resignation continua a ser uma variável incerta, com 26% dos colaboradores a indicarem que pretendem mudar de emprego no espaço de 12 meses, sublinhando a necessidade de melhores estratégias de retenção de talentos”, acrescenta a consultora, referindo-se a fenómenos em que os funcionários voluntariamente se demitem em massa de seus empregos.

O trabalho híbrido, por sua vez, mantém-se como uma tendência forte, com 39% dos profissionais a trabalharem num ambiente híbrido até ao final de 2023, refletindo a procura por um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

O fenómeno do ghosting no mercado de trabalho também se destaca, com 62% dos trabalhadores a relatar terem sido alvo de ghosting por parte dos empregadores e 25% dos candidatos a emprego a admitirem ter praticado ghosting.

A palavra ghosting já se popularizou nas redes sociais e traduz o ato de desaparecer aos poucos, como um fantasma (ghost), de um relacionamento. Agora, o termo também é usado no mercado de trabalho e mostra um processo similar ao do universo dos relacionamentos pessoais: estamos a falar de candidatos a emprego que desaparecem no meio do processo de recrutamento, ou vice-versa.

Por fim, observa-se um crescimento do unretirement, com mais pessoas entre os 50 e os 64 anos a regressar ao mercado de trabalho, impulsionadas pela escassez de mão-de-obra e pela inflação.

Assim, como resposta a estas perspetivas, são também sugeridas, neste estudo, várias estratégias para criar uma base de colaboradores orientados para o futuro, “no qual é crucial destacar as competências, especialmente digitais e comportamentais, com 53% dos trabalhadores a afirmar que a sua função exige formação especializada”.

“Manter uma comunicação aberta e regular com candidatos e colaboradores é fundamental para a fidelização de talentos, assim como a aceitação do trabalho flexível”, defende a Adecco.

“Por último, mas igualmente importante, é essencial acolher colaboradores mais seniores, proporcionando formação adequada e oportunidades de desenvolvimento de competências, aproveitando a vasta experiência e enriquecendo a força de trabalho com diversas perspetivas”, acrescenta.

Quais as profissões mais bem pagas no setor financeiro? E quais a mais mal pagas?

A Adecco revela que o setor financeiro e a banca encontram-se em constante evolução, refletindo-se em salários competitivos para atrair e manter os melhores profissionais.

O Guia Salarial da área de recrutamento especializado revela que o Diretor Financeiro, Responsável de Controlling, Corporate Finance e Private Banking são as funções com salários mais altos em Portugal .

“Assim, no setor Financeiro, as funções com os salários mais elevados incluem o Diretor Financeiro, com uma faixa salarial de 50 mil euros a 120mil euros em Lisboa e 40 mil euros a 100 mil euros no Porto, seguindo-se o Responsável de Controlling, com salários entre 40 mil e 90 mil euros em Lisboa e 40 mil a 60 mil euros no Porto”, refere o estudo.

Em contrapartida, as funções com os salários mais baixos neste setor são o Técnico de crédito e cobranças, com salários de 18,2 mil euros a 32 mil euros em Lisboa e 18 mil a 25 mil euros no Porto e o Técnico de Contabilidade, que recebe entre 19,6 mil euros e 40 mil em Lisboa e 18 mil euros a 28 mil euros no Porto.

Enquanto no setor da Banca, as funções melhor remuneradas incluem o Private Banking, com salários entre 30 mil e 70 mil euros em Lisboa e 33 mil a 73 mil euros no Porto e Corporate Finance, com uma faixa salarial de 22,4 mil euros a 90 mil euros em Lisboa e 21 mil a 60 mil euros no Porto.

Ao contrário das funções de Product Specialist, com uma faixa salarial de 28 mil euros a 60 mil euros em Lisboa e 23 mil a 35 mil euros no Porto e de Auditor Interno, com salários de 37,4 mil euros a 49 mil euros em Lisboa e 21 mil a 60 mil eurosno Porto, que são as com os salários mais baixos.

Já nos Shared Service Centers (SSC), as funções com os salários mais altos incluem o Head of SSC/Head of GBS, com uma faixa salarial de 86 mil euros a 154 mil euros em Lisboa e 60 mil euros  a 100 mil euros no Porto, seguido do Accounts Payable Manager e do Accounts Receivable Manager, ambos com salários entre 47 mil e 61 mil euros em Lisboa e 35 mil a 50 mil euros no Porto.

Em contrapartida, as funções com os salários mais baixos neste setor são o Travel & Expenses Specialist, com uma faixa salarial de 19 mil a 28 mil euros em Lisboa e 18, mil euros a 26 mil euros no Porto e o Accounts Payable Specialist, que ganha entre 23 mil e 30 mil euros em Lisboa e 21 mil euros a 28 mil euros no Porto.

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