Seis meses após um lançamento pomposo nas grandes superfícies dos Estados Unidos, a Coca-Cola decidiu pôr fim à história de uma das suas apostas mais ambiciosas – e mal sucedidas – para atrair os consumidores mais jovens: “Vamos parar a produção da Spicy Coke e introduzir um novo sabor em 2025”, declarou o fabricante de refrigerantes num comunicado em que anuncia a retirada súbita de um produto que foi anunciado como uma adição permanente ao seu catálogo de bebidas açucaradas.
Apesar de uma forte campanha publicitária, a Coca-Cola Picante – que na realidade tem notas de framboesa – não conseguiu atrair a atenção e conquistar o paladar do público como a multinacional esperava.
De facto, segundo o TyposThes, os consumidores ficaram confusos com o nome da bebida e com o seu sabor real, que não era nem picante nem apimentado. A perplexidade, aliada à falta de uma comunicação clara sobre o refrigerante, resultou em baixas vendas desde a sua estreia em Fevereiro deste ano.
O objectivo da Coca-Cola era atrair os jovens que, de acordo com estudos de mercado realizados antes do lançamento da nova bebida, procuram sabores “mais intensos” ou “mais inovadores” nos refrigerantes que consomem.
De facto, a multinacional já tinha lançado outras edições limitadas da sua bebida estrela, como a Coca-Cola com sabor a Oreo, Dreamworld e Starlight, que tiveram um pouco mais de sucesso do que esta última ideia.
A Spicy Coke não é a única a deixar as prateleiras dos supermercados. A empresa anunciou também que vai deixar de produzir o sabor cereja-baunilha, introduzido em 2020, e a versão light com sabor a Splenda.
A multinacional está a responder aos gostos dos consumidores e à tendência de abandonar as bebidas açucaradas e gaseificadas em favor da água com gás e das bebidas orientadas para a hidratação.
A boa notícia é que, até 2025, a Coca-Cola prometeu trazer ao mercado um novo sabor “excitante”.
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