Automóvel: Carlos Tavares sai em 2026, com a Stellantis e o sector a viverem uma crise profunda e no arranque de uma guerra comercial entre a China e a Europa que vai provocar baixas nos dois lados.
FILE PHOTO: Stellantis CEO Carlos Tavares inaugurates the group’s electrified dual-clutch transmission (eDCT) assembly facility in the Mirafiori complex in Turin, Italy, April 10,2024. REUTERS/Massimo Pinca/File Photo
O senhor automóvel está de partida e num momento crítico para o sector. Guerras de tarifas entre potências económicas, carros elétricos versus térmicos, indústria chinesa versus europeia, metas europeias impossíveis de cumprir até 2035, pressão pró-descarbonização.
Carlos Tavares resumiu bem o momento: “A indústria automóvel vive um período Darwiniano”, onde só os mais fortes vão sobreviver.
O gestor vai deixar a liderança da Stellantis em 2026, altura em que terá 68 anos, com 45 passados nesta indústria. Conhecido por gostar de conduzir carros desportivos, realizou mais de 500 ao longo de décadas, Carlos Tavares chegou à liderança da PSA Peugeot Citroen no final de 2013, depois de sair da Renault por dizer que queria chegar a líder (era então o número dois de Carlos Ghosn). A PSA estava à beira do colapso financeiro, tendo recebido um resgate do Governo francês e dos chineses da Dongfeng. Passou de prejuízos de 5 mil milhões de euros em 2012 para lucros de 3,3 mil milhões em 2018. Em 2017, a companhia absorveu a alemã Opel. Em 2019, fundiu-se com os italo-americanos a Fiat Chrysler. Dois anos depois, nascia o grupo Stellantis que conta com a fábrica de Mangualde, Viseu, em Portugal, e é o quarto maior grupo automóvel mundial por vendas.
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