ADN | A primeira e encantada presença

Com o início do Euro 2024 ao virar da esquina, está na altura de conhecer todas as 24 equipas que vão participar no maior torneio de seleções do Velho Continente. Durante os dias que antecedem o pontapé de partida, o zerozero apresenta-lhe o perfil de cada seleção, assim como a sua figura e técnico.

Último adversário a calhar em sorte a Portugal na fase de grupos, a estadia em solo alemão jamais será esquecida pela comitiva e adeptos da Geórgia. Motivo? Ora, esta vai ser a estreia da seleção comandada pelo outrora internacional francês, Willy Sagnol, em fases finais de torneios deste calibre.

Com batismo agendado para dia 18 de junho frente à Turquia, esta equipa que tem no rosto de Khvicha Kvaratskhelia a sua maior figura, quer provar ser competitiva entre as maiores seleções da Europa, depois de  merecer o bilhete via playoff da Liga das Nações.

Sem capacidade para ombrear com Espanha e Escócia nos primeiros lugares do grupo A de qualificação, foi pela prestação praticamente imaculada - cinco vitórias e um empate - na Liga das Nações C, que o feito histórico foi alcançado.

O primeiro lugar deu direito ao mata-mata ante o surpreendente Luxemburgo, com a decisiva ronda a eliminar a ser disputada diante da outrora campeã da Europa, Grécia. Um adversário de respeito que tombou no dramatismo das grandes penalidades, no dia mais importante da história do futebol georgiano.

Fórmula para o sucesso? A variabilidade entre o 3-4-3 e o 5-3-2, mediante os momentos de jogo ou a valia do adversário em causa. Nomes em ascensão nas principais ligas do futebol europeu, figuras como a de Mamardashvili conferem estabilidade a um setor específico como a baliza, mas não só.

Com vários atletas habituados à exigência dos maiores clubes dos países onde jogam - Dvali e Kashia são dois bons exemplos -, a retaguarda georgiana é, pelo menos, estável, embora o registo defensivo seja algo diferente entre a campanha na Liga das Nações e o Apuramento tradicional.

No miolo, Kiteishvili é já uma referência, enquanto Kochorashvili começa a surgir à medida que o seu nome ganha relevo no futebol espanhol, numa equipa onde a influência vinda do banco de Kvekveskiri e Kankava pode ser fator importante. 

Por último, se Kvaratskhelia dispensa apresentações, a versatilidade de Mikautadze começa a atribuir-lhe créditos idênticos. Figura de proa do Metz, este extremo/avançado faz uma parceria de relevo com o craque do Napoli e transporta o jogo ofensivo da Geórgia para outra dimensão, sem esquecer, claro, o papel crescente de Chakvetadze.