ADN | Libertação simbólica em busca da história

3 meses atrás 80

Com o início do Euro 2024 ao virar da esquina, está na altura de conhecer todas as 24 equipas que vão participar no maior torneio de seleções do Velho Continente. Durante os dias que antecedem o pontapé de partida, o zerozero apresenta-lhe o perfil de cada seleção, assim como a sua figura e técnico.

Ausência natural no Mundial 2022 - conta apenas com uma presença em 2006 -, a Ucrânia carimbou o bilhete para a fase final de um Euro, pela quarta vez na história, todas elas de forma consecutiva. A 2012, 2016 e 2020 soma-se agora 2024, num palco que promete muito mais potencial do que apenas a representação futebolística, não tivesse o país a defender o seu território da invasão russa iniciada em 2022.

Se dúvidas existissem sobre a simbologia deste apuramento, as palavras do selecionador, Serhiy Rebrov, no rescaldo do bilhete carimbado para a competição no playoff diante da Islândia, não deixam margem para dúvidas: «Estes dois jogos (do playoff) foram muito stressantes e difíceis de gerir. Antes ou depois do jogo, sempre disse que esta qualificação seria para o nosso país, para o nosso povo e para os nossos soldados que lutam pela nossa liberdade. Neste contexto, penso que todos compreendem a importância desta vitória.»

Mudryk confirmou o apuramento ucraniano @Getty /

Até ao decisivo embate contra os islandeses - já depois de levar a melhor sobre a Bósnia e Herzegovina -, os ucranianos foram capazes de se posicionar no segundo lugar do grupo 1 da Liga das Nações B para encontrar o caminho do sucesso, depois do apuramento via tradicional ter ficado impossibilitado face ao poderio de Itália e Inglaterra.

Muito afetada pelo conflito armado ainda em vigência, a competitividade do futebol ucraniano vai, aos poucos, retomando o caminho do seu verdadeiro potencial, seja na liga doméstica, ou na equipa nacional. Nomes como os de Mykolenko, Artem Dovbyk ou Mudryk saltaram como trutas do viveiro e, ao lado de consagrados como Yarmolenko, Sydorchuk ou Zinchenko, procuram, pelo menos, igualar a melhor campanha da história do país: os quartos de final.

Normalmente escalada em 4-2-3-1, a Ucrânia privilegia a estabilidade defensiva e, mesmo não tendo um apetite ofensivo incontrolável, possuiu unidades que podem fazer a diferença no último terço.

Além dos nomes anteriormente referidos, Sudakov - responsável pela criação no último terço - Tsygankov e, no setor defensivo, Zabarnyi, são figuras a ter em conta para qualquer um dos adversários do grupo E deste Europeu.

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