ADN | Renascer no grupo da morte

3 meses atrás 76

Com o início do Euro 2024 ao virar da esquina, está na altura de conhecer todas as 24 equipas que vão participar no maior torneio de seleções do Velho Continente. Durante os dias que antecedem o pontapé de partida, o zerozero apresenta-lhe o perfil de cada seleção, assim como a sua figura e técnico.

O famoso tiki taka, um 11 base construído com base em duas das melhores equipas da história do futebol e um país dominador na escala europeia/mundial. A era dourada da seleção espanhola faz parte do passado e perdurou durante, sensivelmente, quatro anos. A partir de 2012, o domínio ruiu.

Em 2014, Espanha caiu na fase de grupos, em 2016 foi eliminada nos oitavos, em 2018 também caiu nos oitavos, no Euro 2020 - melhor prestação - perdeu nas meias e, por fim, no Mundial 2022 perdeu perante Marrocos nos oitavos de final. 

Sinais de uma seleção/federação débil e combalida, que motivaram várias mudanças estruturais depois do Mundial do Catar. Desde o presidente ao selecionador, Espanha apresenta-se com ideias novas - com foi possível verificar na recente conquista da Liga das Nações - e leva na bagagem - para o Euro - confiança na reconquista de uma prova que escapa há 12 anos.

Domínio e irreverência

Organizados em 4-3-3, a seleção orientada por Luis De La Fuente tem em Rodri - do Manchester City - a principal referência da equipa e do meio campo. Determinante na conquista da Nations League, o médio é o maior responsável por proteger a linha defensiva e, simultaneamente, por ser uma ameaça do ponto de vista ofensivo.

Yamal, jovem de 16 anos, deverá ser um dos destaques da seleção espanhola @Getty /

Capaz de destruir as transições dos adversários e tomar boas decisões no ataque, Rodri é peça chave no modelo espanhol, que procura - à imagem do passado - dominar o jogo com uma percentagem de posse de bola elevada. Nas costas de Rodri, muita experiência e jogadores com temporadas positivas: Carvajal (campeão europeu), Normand (um dos destaques da Real Sociedad), Grimaldo (melhor época da carreira) e Laporte (época produtiva no Al Nassr).

Em cima, disso, claro, importa criar e marcar. E aí, com jogadores energéticos, jovens e imprevisíveis nas alas - Lamine Yamal terá a oportunidade ser o melhor jogador jovem do torneio e Nico Williams poderá explodir -, a Espanha garante criatividade no último terço e tem, individualmente, dois jogadores capazes de mudar um jogo de um momento para o outro.

Por fim, importa destacar ainda o papel de vários jogadores importantes tais como Pedri, Dani Olmo, Oyarzabal e Morata, que deverá assumir-se no 11 de De La Fuente. Obcecados pela posse e com um misto de juventude/veteranos, a seleção espanhola prepara-se para arrancar o Euro no grupo da morte (Itália, Croácia e Albânia), mas a expectativa é clara: vencer o grupo.

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