ADN | Tecnologia de ponta movida por combustível caseiro

4 meses atrás 131

Com o início do Euro 2024 ao virar da esquina, está na altura de conhecer todas as 24 equipas que vão participar no maior torneio de seleções do Velho Continente. Durante os dias que antecedem o pontapé de partida, o zerozero apresenta-lhe o perfil de cada seleção, assim como a sua figura e técnico.

Surpreendente. Não há termo mais acertado para descrever a convocatória de Julian Nagelsmann para o Campeonato da Europa. Comparativamente com o plantel escolhido para o Mundial 2022, onde reinou a frustração e descontentamento, a Alemanha repete, apenas, 12 nomes no lote de 26 escolhidos para a próxima prova. As mudanças foram mesmo radicais, com jogadores ilustres a ficarem de fora: Mats Hummels, Nicklas Süle, Julian Brandt, Karim Adeyemi, Leon Goretzka e Timo Werner, todos por opção técnica, vão assistir à competição pela televisão. Sèrge Gnabry, do Bayern München, também está fora das escolhas, fruto de uma lesão na coxa.

Na altura de tomar difíceis decisões, o treinador de 36 anos privilegiou, assim, o sangue novo, bem como a fase vivida pelos atletas. Alexander Nübel, Waldemar Anton, Max Mittelstadt, Deniz Undav e Chris Fuhrich foram elementos preponderantes para a campanha luxuosa do Stuttgart na Bundesliga, recebendo, desta forma, um envelope dourado por parte do jovem selecionador. Os intervenientes do Bayer Leverkusen também foram recompensados pelas suas exuberantes prestações individuais, que levaram, respetivamente, ao sucesso coletivo dos bullen: Jonathan Tah, Robert Andrich e Florian Wirtz. 

@Federação Alemã

O último futebolista mencionado no parágrafo anterior corresponde a uma das principais esperanças da formação germânica. Com apenas 21 anos, Wirtz abriu o livro na presente época, somando 36 contribuições para golo, um registo verdadeiramente notável face à tenra idade. O camisola '17' deverá atuar descaído pela esquerda, com Ilkay Gundogan e Jamal Musiala a completarem o trio que jogará por detrás de Kai Havertz, um ponta-de-lança com funções mais móveis.

Mudar para depois ganhar?

Andrich vai acompanhar Toni Kroos na zona mais recuada do miolo, garantindo valências defensivas e de construção. Recorde-se que o respetivo torneio será palco da Last Dance do médio merengue, que certamente vai querer abandonar os relvados com a cereja no topo do bolo. Joshua Kimmich, Jonathan Tah, Antonio Rudiger e Maximilian Mittelstadt poderão ser os elementos que terão a missão de proteger a baliza à guarda de Marc-André ter Stegen.

@Boris Streubel/Getty Images

Depois de um período bastante conturbado, a mannschaft parece ter encontrado o Caminho Sagrado da Competitividade. As vitórias convincentes frente à França (0-2) e Países Baixos (2-1), fortes candidatos a chegarem longe na disputa internacional, são um excelente tónico para os jogos a doer. Todavia, o grande combustível dos tricampeões europeus será, sem dúvida alguma, o fator casa. Movidos pelos seus apaixonados adeptos, os pupilos de Nagelsmann poderão ser empurrados em situações de maior aperto.

O Mundial 2014 continua bem presente na cabeça dos alemães. Memórias à parte, a revolução no plantel promete deitar por terra as conexões associadas às recentes desilusões. Veremos se esta geração tem estofo para trazer consigo os tempos áureos.

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