Afeganistão inicia terceiro ano sem alunas nas escolas por imposição dos Talibã

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O anúncio foi feito pelo ministério da Educação afegão na rede social X, apesar das recorrentes promessas de readmitir alunas nas salas de aula das escolas de instrução primária e secundária.

Os meios de comunicação foram convidados a cobrir a notícia, mas os jornalistas foram excluídos da conferência de imprensa do titular da pasta da Educação, Habibulah Agha, por "falta de espaço adequado".

O próprio Agha indicou que "a educação é uma necessidade básica" e prometeu "continuar os esforços para criar instalações escolares" e "melhorar a qualidade do ensino", mas não comentou quando serão as mulheres readmitidas nas escolas.

Logo após o seu regresso ao poder, em 2021, os Talibã impuseram um conjunto de restrições à vida pública no país, com particular incidência sobre mulheres e meninas, incluído a proibição da sua escolaridade.

Embora os fundamentalistas, que têm uma visão extremamente rigorosa do Islão, tenham prometido em várias ocasiões reabrir as escolas para meninas, as alunas acima do sexto ano ainda não podem frequentar as aulas, apesar dos apelos da comunidade internacional.

A proibição de escolaridade para pessoas do sexo feminino soma-se a uma série de ordens verbais que impedem meninas com mais de 10 anos de participar em qualquer programa educativo, assim como outras medidas para limitar ou proibir as mulheres de acederem a empregos, expulsando-as da vida pública do Afeganistão.

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