África, América, Ásia e Europa: as viagens para tentar chegar aos Jogos de Paris

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França, Dinamarca, Japão, Argentina, Suécia e Egito. O que têm em comum estas seis seleções? À primeira vista não nos parece nada, mas os Jogos Olímpicos de Paris ajudam a perceber esta ligação entre os quatro continentes: África, América, Ásia e Europa. A explicação é fácil e relativamente simples.

Estas seis equipas já estão qualificadas para a prova de andebol que vai decorrer no próximo verão, mas por diferentes razões. A França já tinha a presença assegurada, uma vez que são os anfitriões dos Jogos Olímpicos, competição que tem início a 26 de julho e se prolonga até dia 11 de agosto (142 dias).

Argentina ficou em primeiro lugar @CA Handball

A Dinamarca, por sua vez, é a atual campeã mundial, pois conquistaram o Mundial que decorreu na Polónia e na Suécia. A turma de Nikolaj Jacobsen teve um percurso praticamente imaculado e contaram apenas com um empate (frente à Croácia). Fora esse nulo, os nórdicos venceram os restantes oito encontros.

Passamos para o Japão. Os asiáticos disputaram a qualificação juntamente com mais dez conjuntos e venceram a final diante do Barém, segundo classificado. Com apenas vitórias, implementaram o seu poderio e levaram a melhor no jogo decisivo por três golos de diferença (29-32).

Voltamos a apanhar um avião, desta vez para a América. Os argentinos, que venceram tranquilmente o seu grupo dos Jogos Pan-Americanos Andebol 2023 (Estados Unidos da América, Uruguai e Cuba), calharam com o Chile nas meias-finais, mas o desfecho voltou a ser o mesmo de anteriormente. A final? Contra o eterno rival, o Brasil. Apesar de terem várias caras conhecidas do andebol português, foi Leonel Maciel (Sporting) a conquistar um lugar direto em Paris.

Suécia levou a melhor sobre os Heróis do Mar @Kolektiff

O continente europeu é a próxima paragem nesta viagem. Numa prova onde Portugal esteve em bom plano, foi a Suécia que conquistou essa vaga, apesar de ter ficado no terceiro posto da competição. A França (vencedora) e a Dinamarca (finalista vencido) já tinham o passaporte carimbado e, portanto, a escolha recaiu nos nórdicos. A turma de Glenn Solberg, aliás, derrotou Portugal na Main Round da prova (40-33).

Chegamos, por fim, à última seleção, o Egito. Com um dos melhores plantéis do panaroma africano, o conjunto de Ali Zein e companhia teve uma Taça das Nações Africana relativamente tranquila, pois venceram todos os jogos com uma larga margem. A única exceção acabou por ser a Tunísia (próximo adversário de Portugal), uma vez que perderam «apenas» por cinco remates de diferença (30-25).

Não venceram, mas...

Agora, o cenário explicativo complica um pouco, mas vamos lá. Existiam 12 vagas para o Torneio Pré-Olímpico e estavam relacionadas com as provas acima mencionadas. Sendo assim, o Mundial 2023 garantiu que Espanha (terceiro lugar), Alemanha (quinto lugar), Noruega (sexto lugar), Hungria (oitavo lugar), Croácia (nono lugar) e Eslovénia (décimo lugar) estivessem na competição a lutar por uma vaga em Paris. Faltaram mencionar algumas posições, pois Dinamarca e França (primeiro e segundo lugar, respetivamente) já tinham passaporte direto, enquanto Suécia (ficou com o lugar do EHF Euro 2024) e Egito (conquistou o CAN) também saíram da equação.

Passamos do Mundial 2023 para o EHF Euro 2024, onde Portugal (sétimo lugar) e Áustria (oitavo lugar) também ficaram com um espaço no Pré-Olímpico. Na Taça das Nações Africana, por sua vez, existiram duas seleções com o «prémio» final: Argélia (segundo lugar) e Tunísia (terceiro lugar).

A nossa última viagem passa, numa primeira instância, pelo continente asiático, pois o Barém, que perdeu na final diante do Japão, vai estar nesta competição. Por fim, o Brasil, que não conseguiu derrotar a Argentina na final dos Jogos Pan-Americanos, estará no palco de todas as decisões.

A história está toda contada. Viajamos entre a Europa, Ásia, América e África para descrever o torneio que antecede os Jogos Olímpicos de Paris. De quatro em quatro anos, emoção não falta. Resta descobrir, agora, quem se vai juntar aos «campeões».

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