Agora sim, NATO é "mais forte". Suécia é oficialmente membro da aliança

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É oficial. A Suécia tornou-se, na quinta-feira, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) tornando-se assim no 32.º membro.

Foram necessários mais de 100 anos e muitos meses de negociações para que este momento "histórico", como o descreveu Ursula Von der Leyen, se tornasse uma realidade. 

Algo que ganhará novo enfoque quando, segunda-feira, a bandeira do país for hasteada junto à sede da Aliança Transatlântica, como também é chamada.

"A adesão da Suécia torna a NATO mais forte, a Suécia mais segura e toda a Aliança mais segura. Estou ansioso por hastear a sua bandeira na sede da NATO na segunda-feira"afirmou o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

A oficialização aconteceu após o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, ter entregue em Washington, nos Estados Unidos, o instrumento de adesão ao Tratado do Atlântico Norte.

Momento "histórico" que torna aliança "mais forte". As reações 

O momento, há muito aguardado, não passou despercebido a toda a comunidade - nacional e  internacional - com as reações a chegarem de várias partes do mundo, incluindo de Portugal.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, descreveu a adesão como "uma vitória da liberdade". "A Suécia fez uma escolha livre, democrática, soberana e unida para aderir à NATO. Hoje é um dia verdadeiramente histórico", afirmou em conferência de imprensa, em Washington. Já o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que foi o responsável por receber o instrumento de adesão à NATO, declarou que "este é um momento histórico para a Suécia" e que a Aliança "é agora mais forte e maior do que alguma vez foi".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou que a adesão oficial da Suécia à Aliança Atlântica é um "momento histórico" que vai fortalecer a segurança comum de toda a Europa.

A more sovereign Europe, in particular on defence, is vital to strengthening NATO.

So I am pleased that Sweden is becoming a NATO member.

And I congratulate Sweden under the leadership of @SwedishPM Kristersson on this historic step for this country and our common security. pic.twitter.com/CtsVVaImL7

— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) March 7, 2024

Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, "quis dividir" a NATO, mas a aliança militar está "mais unida e determinada" do que nunca.

Por cá, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, deu as boas-vindas à Suécia considerando que "inicia-se agora uma nova era de colaboração e segurança para a Suécia e para os seus aliados"

Välkommen Sverige🇸🇪!
Bem-vinda 🇸🇪, o 32º membro da NATO.
Welcome 🇸🇪, the 32nd member of NATO.
Inicia-se agora uma nova de colaboração e segurança para a 🇸🇪 e para os seus Aliados. This is the start of a new era of collaboration and security for 🇸🇪 & its Allies. @TobiasBillstrom

— João Cravinho (@JoaoCravinho) March 7, 2024

Já o Presidente da República felicitou o rei Carlos XVI Gustavo da Suécia e referiu que a adesão é "um sólido reforço de uma estrutura que tem sido fundamental em matéria de segurança e defesa coletiva e de manutenção da paz".

A Guerra como fator da união mas que ainda exclui... a Ucrânia

A partir de agora, a Suécia junta-se aos seus vizinhos finlandeses que aderiram à NATO há 11 meses, depois de ambos terem apresentado o seu pedido de adesão em maio de 2022, poucos meses após a invasão russa da Ucrânia.

Desta forma, os suecos e finlandeses completam uma viragem sem precedentes na sua política de neutralidade dos últimos dois séculos, em resposta direta à crescente ameaça que Moscovo representa ao cenário de segurança internacional após o ataque lançado contra a Ucrânia.

E também por isso, na quinta-feira, em reação à adesão da Suécia, Volodymyr Zelensky afirmou que agora a Suécia fica "mais bem protegida contra o mal russo", algo que também a Ucrânia espera um dia conseguir. "Um dia, a Suécia também felicitará a Ucrânia pela sua adesão à Aliança Atlântica", referiu Zelensky, mesmo que esta perspetiva ainda seja distante para o seu país em guerra.

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