Agressões a jornalistas nas eleições em El Salvador foram 173

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"Encerramos com 173 violações contra a imprensa antes e durante o período eleitoral, o que é um número alto", disse a presidente da Apes, Angélica Cárcamo, aos jornalistas.

De acordo com o relatório, 59 das agressões foram alegadamente geradas por funcionários, seguidas de 17 violações atribuídas a funcionários das assembleias de voto e 19 a utilizadores de redes sociais.

A organização indicou que, depois de uma conferência de imprensa do presidente salvadorenho, Nayib Bukele, em que pediu votos para ser reeleito, "a tendência mostrou um aumento na restrição do trabalho jornalístico para documentar a contagem final".

"Os jornalistas aqui são livres, podem gravar, podem fazer perguntas, podem ir onde quiserem. Andam com total liberdade", disse Bukele, mas a Apes referiu que, no mesmo evento, funcionários da Secretaria de Comunicação da Presidência negaram aos jornalistas salvadorenhos o direito de fazer perguntas.

As agressões registadas pela Apes desde 2019, quando Bukele chegou ao poder, aumentaram 303%, passando de 77 em 2019 para 311 em 2023.

Bukele proclamou-se vencedor das eleições antes de os resultados oficiais serem conhecidos e enquanto os votos ainda estavam a ser contados.

Se os resultados confirmarem aquelas declarações, Bukele será o primeiro chefe de Estado do país a ser reeleito desde que o país deixou a ditadura militar, apesar de a Constituição proibir a reeleição.

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