“Ainda não se percebeu que visão tem a AD para o país”, lamenta António Pires de Lima

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O antigo ministro da Economia disse à RTP que os entendimentos políticos à esquerda e à direita não podem ser “uma barganha permanente”. Pires de Lima dá como exemplo as propostas do Chega: “Significaria a construção de um novo aeroporto todos os anos”.

O antigo ministro da Economia e atual presidente-executivo da Brisa, António Pires de Lima, alertou no programa “Grande Entrevista” da RTP1, que ainda não percebeu qual é a perspetiva e as propostas que a Aliança Democrática tem para o país.

“Não, muito francamente ainda se percebeu que visão é que a AD tem para o país. Acho que já se percebeu aquilo que a AD não quer mas talvez seja tempo que a alternativa faça um discurso pela positivo, construtivo e com soluções”, defendeu o antigo ministro num Governo PSD/CDS.

Pires de Lima referiu ainda que, seja qual for o primeiro-ministro a ser indigitado após as eleições legislativas de 10 de março, é importante que não exista um desequilíbrio nos compromissos do país: “Custar-me-ia que, seja Luís Montenegro ou Pedro Nuno Santos o próximo primeiro-ministro, ficássemos dependentes de agendas políticas, financeiras e económicas que desequilibrariam compromissos”, referiu.

Em relação às aparentemente inevitáveis necessidades de entendimentos políticos com partidos mais à esquerda (BE e PCP) ou mais à direita (Chega), é importante que os partidos que governem possa ouvir essas forças políticas mas alerta que “outra coisa seria entrar numa barganha permanente para termos estabilidade governativa”.

O antigo ministro da Economia deu como exemplo as propostas económicas que o Chega apresentou na última convenção: “As propostas orçamentais que o Chega apresentou esta semana significam a construção de um novo aeroporto todos os anos. Isto deve ser um fator de ponderação”.

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