Al Jazeera rejeita que jornalistas seus pertençam ao Hamas

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"A estação condena as acusações feitas aos seus jornalistas e recorda a longa lista de mentiras e falsificação de provas por Israel, através do que pretende esconder os seus crimes odiosos", escreveram os dirigentes da Al Jazeera, em comunicado.

Segundo a estação, o seu correspondente Ismail Abou Omar e o seu operador de câmara Ahmed Matar ficaram feridos por um ataque israelita no setor de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

O exército israelita acusou, entretanto, Ismail Abou Omar de ser "o comandante adjunto de uma companhia no seio do batalhão do leste do Hamas, em Khan Younis", cidade próxima de Rafah.

"Abou Omar filmou-se no Kibboutz Nir Oz durante o massacre de 07 de outubro e publicou [o seu vídeo] nas redes sociais", afirmaram os militares israelitas, em comunicado, na quarta-feira.

Este comunicado, porém, não tem provas de sustentação da acusação e retoma afirmações, não verificadas, de meios hebreus.

No seu comunicado, a Al Jazeera indicou que a sua "política de emprego estipula que os empregados não devem ter qualquer filiação política suscetível de afetar o seu profissionalismo".

Acusou ainda Israel de visar sistematicamente os seus empregados na Faixa de Gaza.

No início de janeiro, dois dos seus jornalistas, Hamza Dahdouh e Moustafa Thuraya, foram mortos por um ataque à sua viatura, no sul do território palestiniano.

Os militares israelitas tinham-nos então acusado de serem "agentes terroristas" e de "pilotar drones que apresentavam uma ameaça iminente para as tropas israelitas", alegações estas rejeitadas pela família e pelo empregador.

Em dezembro, o operador de câmara Samer Abou Daqqa também foi morto por um ataque israelita.

O próprio chefe do escritório da Al Jazweera na Faixa de Gaza, Wael Dahdouh, pai de Hamza Dahdouh, também já foi ferido nesta guerra, no ataque que vitimou Abou Daqqa.

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