Alain Delon: embaixador da elegância, talento e beleza masculina e ícone do cinema francês

1 mes atrás 51

Em 1996, Alain Delon respondia ao televisivo questionário Proust feito por Bernard Pivot, quando, perante a pergunta “qual a sua droga preferida?” (pergunta muito apropriada para estrelas de cinema), a resposta do ator francês (imortalizado pela Nouvelle Vague e considerado o homem mais bonito do mundo no seu tempo) foi, sem hesitar, “l´amour” [o amor].

À pergunta sobre a palavra preferida respondeu “honra”, e à palavra mais detestada respondeu “virtual”.

Estas respostas definem bem quem era Alain Delon, o guardião dos velhos valores da França Romântica, de um tempo que só se consegue ver pelo retrovisor e de que hoje apenas restam alguns sinais ténues como um concerto de Céline Dion na Torre Eiffel a cantar Edith Piaf. A França dos homens românticos e do charme masculino não passa hoje de arqueologia e Alain Delon era um desses últimos românticos vivos. Morreu no passado domingo, dia 18 de agosto de 2024, com 88 anos, ladeado pelos filhos e pelo cão Loubo.

Alain Delon deixa um legado de 122 filmes, 88 dos quais como ator, dois como realizador e 32 como produtor, numa carreira em que trabalhou com realizadores como Luchino Visconti (“Rocco e os Seus Irmãos” e “O Leopardo”), Jean-Pierre Melville (“O Círculo Vermelho” e “O Silêncio de um Homem”), Jean-Luc Godard (“Nouvelle Vague”), René Clément (”Em Pleno Sol”), Michelangelo Antonioni (“O Eclipse”) ou Louis Malle (“Histoires Extraordinaires”).

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Ler artigo completo