"Posso confirmar que o embaixador iraniano foi convocado esta manhã para o Ministério dos Negócios Estrangeiros e que as discussões estão em curso", disse um porta-voz do ministério durante uma conferência de imprensa em Berlim.
Os três diplomatas europeus foram "convocados ao ministério", na sequência "das posições irresponsáveis" das autoridades daqueles países, explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão.
O Irão lançou na noite de sábado um ataque contra Israel, com recurso a 'drones' (aeronaves não tripuladas), mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o exército israelita.
As tensões entre Israel e Irão, já marcadas pela ofensiva de Telavive na Faixa de Gaza, agudizaram-se nas últimas semanas, depois de um bombardeamento, a 01 de abril, do consulado do Irão em Damasco, na Síria, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, condenou "com a maior firmeza" o ataque iraniano, acusando Teerão de querer desestabilizar a região.
Também o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, seguiram a mesma linha, condenando o ataque iraniano e mostrando o seu apoio a Israel.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, também pediu hoje a Israel que "contribua para a diminuição" das tensões no Médio Oriente.
"A forma como Israel conseguiu, com os parceiros internacionais e com os que estão no terreno, repelir este ataque é verdadeiramente impressionante (...) É um sucesso que talvez não deva ser desperdiçado, daí o nosso conselho para contribuir para a diminuição" da tensão, defendeu Scholz em conferência de imprensa realizada durante uma visita de três dias à China iniciada no domingo.
"O nosso apelo é muito claro: o Irão deve parar esta agressão", acrescentou a chanceler.
Leia Também: Alemanha considera que Irão colocou Médio Oriente "à beira do precipício"