Alfarrabistas do rio Sena não vão ser deslocados durante Jogos Olímpicos

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Os proprietários das livrarias ao ar livre, instalados nas margens do rio Sena, em Paris, estiveram prestes a ser deslocados temporariamente na sequência da preparação da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos do próximo verão, que se vai realizar na capital francesa. 

Apesar de serem alegadas razões de segurança, a decisão aumentou as dúvidas sobre a viabilidade da cerimónia naquela zona, refere o Le Parisien.

O presidente francês, Emmanuel Macron decidiu, esta terça-feira, abandonar o projeto de deslocação dos 'caixotes' dos alfarrabistas.

"Constatando que não foi possível encontrar uma solução consensual e tranquilizadora com estes atores, "o Presidente da República pediu ao ministro do Interior e ao prefeito da Polícia de Paris que todas as livrarias fossem preservadas e que nenhuma delas fosse obrigada a deslocar-se", anunciou o Palácio do Eliseu citado pelo jornal francês.

Neste sentido, Macron mostra "a sua atenção para com elas, considerando que fazem parte do património vivo da capital".

A decisão inicial de deslocar temporariamente os livreiros do Sena foi tomada no verão passado. Desde então, os proprietários lutaram para manter as suas 'livrarias' no seu lugar, muitos deles sentindo que iriam sobreviver à mudança.

É esperado que cerca de 16 milhões de turistas visitem a capital durante os Jogos Olímpicos de Paris, evento desportivo que se vai realizar entre os dias 26 de julho e 11 de agosto.

De recordar que os livreiros parisienses, que fazem a maior livraria ao ar livre do mundo, operam nas margens do Sena há 450 anos. Instalados ao longo de mais de três quilómetros do Sena e declarados Património Mundial pela UNESCO, os 240 alfarrabistas dispõem de 900 caixas verdes para albergar cerca de 300.000 livros antigos e em segunda mão e um grande número de periódicos, selos e cartas comerciais.

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